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Aplicativo de delivery de combustível usa pesquisa de opinião com cariocas para rebater Alerj

Em mais um capítulo da guerra pelo funcionamento do delivery de combustível no Rio, uma pesquisa do instituto Millward Brown é um dos argumentos da empresa Gofit para rebater a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). A pesquisa mostram que o carioca é a favor da tecnologia e não vê problemas em usar o delivery, além de postos de gasolina.

O funcionamento do aplicativo sofreu ida e vindas nos últimos meses. Primeiro, a Alerj aprovou uma lei que, na prática proíbe o funcionamento da ferramenta, ao determinar que só é permitido o abastamento em postos de combustível. Como a coluna mostrou, entre os autores da lei há deputados que são donos de postos.

Depois, o então governador Wilson Witzel vetou a lei e, na semana passada, os deputados derrubaram o veto. Atualmente, a regra está em vigor e o funcionamento do serviço suspenso.

Para tentar derrubar os argumentos dos deputados, o app se vale de uma pesquisa realizada pela Millward Brown, integrante do grupo Kantar. Os números mostram que 94% dos entrevistados/consultados são favoráveis ao uso de aplicativo de delivery de combustíveis para o abastecimento. Ainda de acordo com o levantamento, 84% afirmaram que realizariam o abastecimento por meio da ferramenta.

Na pesquisa, 96% dos consultados disseram acreditar que o abastecimento via aplicativo é uma forma adicional ao abastecimento nos postos de combustíveis – e não uma tecnologia que concorre com esses estabelecimentos. Quando perguntados sobre a possibilidade de o aplicativo de delivery de combustíveis acabar com os postos, 78% disseram que não acreditam nessa hipótese.

A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 28 de agosto, com mil cariocas das classes A e B e motoristas responsáveis pelo abastecimento de seus veículos.

A disputa também segue na Justiça. Até um sindicato de Minas Gerais, onde o app não funciona, tentou barrar o serviço, mas o Tribunal Regional
Federal da 2ª Região (TRF-2) deu o aval para o delivery.

Agora, o caso deve ter mais um desdobramento na Justiça, uma vez que a lei da Alerj, que tem competência estadual, na prática veta o projeto piloto da Agência Nacional do Petróleo, que usava os dados da Gofit para fazer a regulação no novo serviço em âmbito nacional.

Autor/Veículo: O Globo
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