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Arrecadação soma R$ 202,6 bi em julho, recorde para o mês

A arrecadação do governo federal com impostos, contribuições e demais receitas atingiu R$ 202,588 bilhões em julho, alta real (descontada a inflação) de 7,47% na comparação com o mesmo mês do ano passado. O valor é o maior para o mês desde o início da série histórica da Receita Federal, iniciada em 1995.

Com o resultado, nos sete primeiros meses do ano a arrecadação federal somou R$ 1,292 trilhão, também o maior volume para o período da série histórica. O montante representa um avanço real de 10,44% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Segundo o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal,Claudemir Malaquias, a arrecadação cresce em um patamar nominal de 23% entre janeiro e julho de 2022. O recolhimento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) acumula crescimento de 20,83%. No caso do Imposto de Renda Retido em Fonte (IRRF) de investimentos, a alta chega a 61,43%, em razão da elevação dos juros e do desempenho dos fundos e títulos de renda fixa.

“Começamos a ver com mais clareza o impacto do crescimento da atividade na arrecadação”, diz a economista-chefe do Banco Inter, Rafaela Vitória, que cita o crescimento de serviços e a melhora do mercado de trabalho.

Para ela, a leitura de julho já mostra alguns impactos das desonerações de impostos de importações e de IPI, reduzidos há mais tempo pelo governo. Nas próximas divulgações, será possível ver uma desaceleração também do crescimento de Pis/cofins sobre os combustíveis, segundo a economista.

Autor/Veículo: O Estado de S.Paulo
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