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Aumento no preço do GLP provoca queda nas vendas e serve de alerta para alta no diesel

Os preços elevados no Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) têm provocado a queda de vendas do produto no mercado interno, principalmente o tipo a granel, utilizado pelas indústrias, comércio, condomínios, academias, entre outros estabelecimentos. Segundo dados de comercialização preliminares do Ministério de Minas e Energia (MME), até 27 de dezembro de 2020, o gás de cozinha acumulou queda nas vendas de 20% e o GLP a granel de 32,5% na comparação com o mesmo período até 2019.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Revendedores de GLP (Asmirg BR), Alexandre Borjaili, muitos consumidores já estão buscando alternativas, como gás natural e energia solar, no caso do GLP a granel, e pela lenha, no caso do gás de cozinha.

"Estamos passando por um momento atípico, com muitas variáveis, e com esses aumentos, que diminuem as compras. Muitos na indústria estão começando a migrar para o gás natural e no caso do gás de cozinha, trocando por lenha”, informou Borjaili.

Na quarta-feira, 6, a Petrobrás aumentou em 6% o preço do GLP nas suas refinarias, o primeiro reajuste do ano e o décimo desde maio do ano passado. Com a alta, o preço médio do gás de cozinha deve subir para R$ 78,21 o botijão, já que a estatal fica com 46% desse total, e passou a vender o produto a R$ 35,98 nas refinarias. No ano passado, mesmo com a pandemia e a queda de consumo, o GLP subiu 21,9% nas refinarias, informou a estatal.

O movimento reflete a alta do petróleo no mercado internacional, motivada tanto pelo otimismo a cada avanço sobre a vacinação do covid-19 quanto pelo corte de produção anunciado esta semana pela Arábia Saudita, e deve se estender para outros combustíveis, como diesel e a gasolina. A recuperação da commodity está acima do esperado pelo mercado, e já ultrapassou a barreira dos US$ 50 o barril. No auge da pandemia, em abril, o petróleo do tipo Brent chegou a custar US$ 20 o barril. Agora, o mercado já trabalha com preço médio de US$ 60 o barril para 2021.

Para a pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas Energia, Fernanda Delgado, a alta do GLP é um alerta para um provável aumento do preço do diesel, já que os dois combustíveis obedecem à paridade dos preços internacionais, e o petróleo tem reagido bem no mercado, mesmo em plena pandemia do covid-19.

Ela avalia que, com o aumento de preços, quem não conseguir repassar o preço, como é o caso de condomínios, academias, a tendência é buscar a substituição por energias mais baratas. Mas, para quem pode repassar, a conta acabará novamente no bolso do consumidor. “Tem muita coisa fechada e isso afeta as vendas, e, com a disparada dos preços do petróleo no mercado internacional, a tendência é de alta aqui também”, afirmou.

O preço do gás de cozinha ficou congelado entre 2007 e 2014, e passou a ter reajustes mensais em 2017, durante o governo Michel Temer. Na mesma gestão, após reação negativa à medida, o botijão 13 Kg passou a ter ajustes trimestrais. Com a entrada do governo Bolsonaro, em 2019, as mudanças de preço passaram a seguir as oscilações do mercado internacional do petróleo, sem periodicidade definida.

De acordo com a prévia do Índice Geral de Preços ao Consumidor (IPCA-15), em 2020 o preço do gás de cozinha subiu 8,30%, enquanto o gás encanado caiu 1,09% e o gás veicular recuou 1,29%. A alta do botijão é quase o dobro da inflação prevista para o período, de 4,23%. A Petrobrás fica com 46% do preço do produto, enquanto distribuição e revenda respondem por 36% e 18% se referem a impostos.

O preço médio da revenda do botijão de 13 Kg, ainda segundo a ANP, saiu de R$ 69 no início da pandemia, em março, para R$ 75 em novembro. Em 2015, o botijão de gás de 13 Kg era revendido a R$ 47,43.

"Estamos passando por um momento atípico, com muitas variáveis, e com esses aumentos, que diminuem as compras. Muitos na indústria estão começando a migrar para o gás natural e no caso do gás de cozinha, trocando por lenha”, informou Borjaili.

Na quarta-feira, 6, a Petrobrás aumentou em 6% o preço do GLP nas suas refinarias, o primeiro reajuste do ano e o décimo desde maio do ano passado. Com a alta, o preço médio do gás de cozinha deve subir para R$ 78,21 o botijão, já que a estatal fica com 46% desse total, e passou a vender o produto a R$ 35,98 nas refinarias. No ano passado, mesmo com a pandemia e a queda de consumo, o GLP subiu 21,9% nas refinarias, informou a estatal.

O movimento reflete a alta do petróleo no mercado internacional, motivada tanto pelo otimismo a cada avanço sobre a vacinação do covid-19 quanto pelo corte de produção anunciado esta semana pela Arábia Saudita, e deve se estender para outros combustíveis, como diesel e a gasolina. A recuperação da commodity está acima do esperado pelo mercado, e já ultrapassou a barreira dos US$ 50 o barril. No auge da pandemia, em abril, o petróleo do tipo Brent chegou a custar US$ 20 o barril. Agora, o mercado já trabalha com preço médio de US$ 60 o barril para 2021.

Para a pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas Energia, Fernanda Delgado, a alta do GLP é um alerta para um provável aumento do preço do diesel, já que os dois combustíveis obedecem à paridade dos preços internacionais, e o petróleo tem reagido bem no mercado, mesmo em plena pandemia do covid-19.

Ela avalia que, com o aumento de preços, quem não conseguir repassar o preço, como é o caso de condomínios, academias, a tendência é buscar a substituição por energias mais baratas. Mas, para quem pode repassar, a conta acabará novamente no bolso do consumidor. “Tem muita coisa fechada e isso afeta as vendas, e, com a disparada dos preços do petróleo no mercado internacional, a tendência é de alta aqui também”, afirmou.

O preço do gás de cozinha ficou congelado entre 2007 e 2014, e passou a ter reajustes mensais em 2017, durante o governo Michel Temer. Na mesma gestão, após reação negativa à medida, o botijão 13 Kg passou a ter ajustes trimestrais. Com a entrada do governo Bolsonaro, em 2019, as mudanças de preço passaram a seguir as oscilações do mercado internacional do petróleo, sem periodicidade definida.

De acordo com a prévia do Índice Geral de Preços ao Consumidor (IPCA-15), em 2020 o preço do gás de cozinha subiu 8,30%, enquanto o gás encanado caiu 1,09% e o gás veicular recuou 1,29%. A alta do botijão é quase o dobro da inflação prevista para o período, de 4,23%. A Petrobrás fica com 46% do preço do produto, enquanto distribuição e revenda respondem por 36% e 18% se referem a impostos.

O preço médio da revenda do botijão de 13 Kg, ainda segundo a ANP, saiu de R$ 69 no início da pandemia, em março, para R$ 75 em novembro. Em 2015, o botijão de gás de 13 Kg era revendido a R$ 47,43.

Autor/Veículo: O Estado de S.Paulo
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