Caminhoneiros autônomos decidem pelo fim da greve no Porto de Santos
Os caminhoneiros autônomos que atuam no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, decidiram, durante uma assembleia, encerrar a greve que completaria um semana nesta segunda-feira (8). Entre as reivindicações da classe, estava a revisão do preço mínimo do frete.
A assembleia foi realizada na sede do Sindicato dos Operadores e Trabalhadores Portuários (Sintraport) de Santos, e contou com dezenas de caminhoneiros e representantes de 68 transportadoras de todo o Brasil. Durante quatro horas, além da questão do frete, também foi discutida a revisão da política de preços de combustíveis da Petrobras, e o retorno da aposentadoria especial da categoria, a partir de 25 anos de serviço.
Desde 1º de novembro, os caminhoneiros estavam concentrados na área do bairro Alemoa, um dos principais acessos ao Porto de Santos, mas sem impedir o acesso de veículos. Um efetivo de 200 policiais federais chegou a ser enviado para a região a fim de garantir a fluidez do transporte de cargas nas áreas portuárias.
Na assembleia, foi firmado um acordo comercial que garante o piso mínimo de frente com mais 10% de aumento. "Nosso corpo jurídico traçou a estratégia, as transportadoras acordaram e assinaram. Em dezembro, sentamos para aplicar 20% da referência mínima", explica o presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam), Luciano Santos de Carvalho.
Ainda segundo Carvalho, sobre a questão do retorno da aposentaria, o Ministério da Infraestrutura se comprometeu a direcionar a pauta para a pasta competente. Em relação ao preço dos combustíveis, Luciano esclareceu que, como se trata de um assunto nacional, a pauta não foi debatida, já que os caminhoneiro de outras regiões não aderiram à grave. "Fomos em cima do que precisamos, que é um frete justo", afirma. Após a decisão, os caminhoneiros voltam a operar no Posto de Santos já na noite dessa segunda-feira.
Em nota, a Santos Port Authority (SPA) informou que o tráfego fluiu normalmente na área portuária durante o período de greve, sem retenção ao tráfego ou concentração de caminhões parados, e que a região contou com a ação da polícias Militar, Federal e Rodoviária Federal, além da Guarda Portuária, para garantir a fluidez das cargas.