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Casa Branca busca maneiras de reduzir importações de petróleo russo

A Casa Branca estuda como reduzir as importações de petróleo da Rússia, após a invasão da Ucrânia, sem prejudicar os consumidores americanos e protegendo o fornecimento global, declarou a porta-voz do governo de Joe Biden.
“Estamos procurando maneiras de reduzir a importação de petróleo russo e, ao mesmo tempo, garantir a manutenção das necessidades globais de abastecimento”, disse a repórteres a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.
Mas “estamos muito focados em minimizar o impacto nas famílias”, completou.
A invasão russa da Ucrânia na semana passada elevou os preços do petróleo: os preços futuros nesta sexta-feira estavam acima de US$ 115 o barril e o preço de um galão (3,78 litros) de gasolina comum na Califórnia ultrapassou cinco dólares pela primeira vez.
O principal assessor econômico da Casa Branca, Brian Deese, observou que o governo Biden está de olho no mercado global de petróleo.
“Estamos acompanhando o mercado de energia hora a hora em termos da fluidez geral da cadeia de suprimentos”, afirmou Deese à CNBC.
Biden anunciou na terça-feira que os Estados Unidos liberariam 30 milhões de barris de reservas estratégicas de petróleo para ajudar a estabilizar o mercado. Mas os preços continuaram subindo.
“É uma situação incrivelmente fluida”, disse Deese.
Uma quinzena de legisladores dos EUA pediu na quinta-feira a Biden que proíba as importações de petróleo russo como punição adicional às duras sanções já impostas a Moscou, uma medida que a Casa Branca até agora se recusou a tomar.
Jim Krane, especialista do Baker Institute, um centro de pesquisa da Universidade Rice, em Houston, explicou que isso seria principalmente um gesto simbólico, dadas as pequenas quantidades importadas.
“Haveria um pequeno impacto de curto prazo e potencialmente um impacto de longo prazo na economia russa”, afirmou Krane à AFP, já que os exportadores russos provavelmente conseguiriam encontrar compradores em outros lugares, mas a um preço mais baixo.
Cerca de 8% das importações de petróleo bruto e produtos refinados dos EUA vêm da Rússia, disse Andy Lipow, especialista em mercado de petróleo da Lipow Oil Associates, em Houston, na quarta-feira, citando números da Agência Internacional de Energia de 2021.
O Departamento de Comércio dos EUA anunciou nesta sexta-feira restrições adicionais à indústria russa, incluindo a proibição de exportações de equipamentos de refino para “limitar a capacidade da Rússia de aumentar a receita com a venda de seus produtos refinados, incluindo gasolina, que podem ser usados para apoiar seus esforços militares”.
Segundo Deese, o governo Biden segue tendo como prioridade garantir o bom funcionamento da cadeia de suprimentos, já que empresas em todo o mundo ainda lutam para lidar com as interrupções causadas pela pandemia de covid-19.
com informações da AFP

Autor/Veículo: Isto É
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