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Com aumentos generalizados, IPCA fecha ano em 10,06%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), inflação oficial medida pelo IBGE ficou em 0,73% em dezembro de 2021, após alta de 0,95% em novembro. Com isso, o acumulado do IPCA em 2021 foi de 10,06% a taxa mais alta desde 2015 (10,67%).

A taxa de dezembro ficou acima da mediana das projeções de 35 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, de um avanço de 0,65%. O resultado ficou próximo ao teto das projeções, que iam de 0,55% a 0,80%.

O resultado anual também ficou acima do ponto-médio das projeções, de um avanço de 9,98%, com intervalo de 9,86% a 10,12%.

A inflação do ano extrapolou a meta de 3,75% definida pelo Banco Central, cuja margem de tolerância para cima ia até 5,25%.

Em carta aberta para justificar o estouro da meta, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou a estiagem obrigou o país a acionar usinas termelétricas “de custo mais elevado”, o que “resultou em aumento expressivo das tarifas de energia elétrica”.

A carta menciona também os gargalos na produção de bens por escassez de insumos industriais e a grande demanda por bens de consumo, em virtude do isolamento causado pela pandemia (ver mais na página C1).

Para o gerente do IPCA no IBGE, Pedro Kislanov, a inflação de 2021 se deve à alta de custos de produção e ainda não pode ser atribuída ao aumento da demanda por produtos na saída da pandemia.

Ele citou ainda a taxa de câmbio apreciada, que mantém os preços dos importados elevados, mas sem uma retomada da atividade que justifique esse processo.

Sobre a demanda, Kislanov citou o desempenho no segundo semestre, quando houve arrefecimento da pandemia. Segundo ele, isso fica claro na variação da inflação, que ficou em 3,77% no primeiro semestre e avançou a 6,07% no segundo.

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Autor/Veículo: Valor Econômico
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