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Com venda da BR pela Petro, mercado vê modelo ideal para a Petrobras

A privatização da Eletrobras deverá ter como espelho a venda da participação da Petrobras na BR Distribuidora, feita de forma escalonada por meio de oferta de ações na bolsa de valores. Dentro das próximas semanas, a estatal deve zerar sua participação na rede de combustíveis, vendendo, assim, sua fatia remanescente de 37,5%. A oferta inicial de BR Distribuidora ocorreu em dezembro de 2017, quando a Petrobras vendeu 25% de sua participação, se mantendo, assim, como controladora.

Liquidação. Ano passado, em uma oferta subsequente (follow on), vendeu mais 37,50%, deixando o controle da BR, o que marcou a privatização da empresa. Agora, em nova oferta, a petrolífera sairá, por completo, do quadro societário da BR, em uma oferta planejada desde o começo do ano, mas atrasada pela pandemia. São coordenadores o Morgan Stanley, Itaú BBA, Bank of America, Goldman Sachs, JPMorgan, Citi e XP.

Ajustes. Para a privatização da BR realizada na Bolsa, a companhia teve antes que alterar seu estatuto em assembleia de acionistas para incorporar a mudança. E também não precisou de aprovação do Congresso, o que será necessário no caso da Eletrobras. Nesta semana, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que a privatização deve ser via oferta de ações, com nenhum acionista com mais de 10% do capital, inclusive a União. No entanto, não deu mais detalhes em relação ao prazo para isso.

Vem aí. No caso da BR, a saída integral da Petrobras deve ser sinalizada, com a nova oferta, em um prazo de quase três anos. O follow on da BR, do ano passado, chegou a ganhar o prêmio de “evento corporativo” do ano pela entidade que representa acionistas minoritários, a Amec. Procurados, a Eletrobras e o Ministério de Minas e Energia não comentaram até o momento.

Autor/Veículo: O Estado de São Paulo
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