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Combustíveis e GLP mais caros puxam desempenho trimestral do Ultra

O repasse dos aumentos de preço dos combustíveis e do gás liquefeito de petróleo (GLP), acompanhando a valorização do petróleo no mercado internacional, deram impulso importante aos resultados do Ultra no primeiro trimestre, que foi marcado pela melhora em todos os negócios do grupo.

Além do resultado operacional mais forte nas distribuidoras Ipiranga (combustíveis) e Ultragaz (GLP), a Ultracargo, a Extrafarma e a Oxiteno, cuja venda para a tailandesa Indorama foi concluída no início de abril, contribuíram para a melhora dos números. A compra da Extrafarma pela Pague Menos ainda está em análise no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A Ultrapar encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido atribuído aos acionistas da controladora de R$ 452,3 milhões, mais de três vezes acima dos R$ 132,2 milhões reportados um ano antes. O efeito líquido da cessação de depreciação da Oxiteno e da Extrafarma, classificadas como operação descontinuada em razão dos respectivos processos de venda, também contribuiu.

De janeiro a março, a companhia registrou receita líquida de R$ 34 bilhões, alta de 42% na comparação anual, com destaque para a Ipiranga. Apesar do volume de vendas estável, a distribuidora encerrou o trimestre com receita líquida de R$ 28,67 bilhões, um salto de 44% na comparação anual, em meio ao repasse dos aumentos da gasolina e do diesel pela Petrobras e dos reajustes do etanol. Frente ao quarto trimestre, a receita recuou 1% com a queda de 5% no volume de vendas.

A margem da Ipiranga, que tem sido um dos pontos de atenção de analistas e investidores, voltou a melhorar no começo do ano e ficou em R$ 110 por metro cúbico (margem Ebitda ajustado recorrente), contra R$ 104 por metro cúbico um ano antes.

Já o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da Ultrapar cresceu 32% na comparação anual, a R$ 1,3 bilhão no intervalo. O Ebitda ajustado recorrente das operações continuadas - sem considerar, portanto, Oxiteno e Extrafarma - somou R$ 873 milhões, alta de 16% na mesma comparação.

Contudo, o fluxo de caixa das operações da Ultrapar ficou negativo em R$ 1,18 bilhão no período, pressionado pelo aumento do capital de giro em função do salto nos preços de combustíveis e do GLP, comparável a R$ 128 milhões positivos um ano antes.

Autor/Veículo: Valor Econômico
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