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Copagaz tem projeto para ampliar uso do gás em novos setores

Quinta maior distribuidora de GLP no Brasil, com 8,7% do mercado, e prestes a concluir a compra da Liquigás, a Copagaz desenvolve junto com a Agência Nacional do Petróleo (ANP) um projeto para a expansão do uso do gás.Confira a entrevista com Caio Turqueto, presidente da Copagaz.

Como estava e como está o setor?

O consumo estava estável até o início do ano. Com a pandemia, houve alta de 3,72% de janeiro a julho no consumo geral, mas com mudança no perfil: o uso doméstico cresceu 7,25% porque as pessoas passaram a ficar mais em casa e a cozinhar mais. O fornecimento a granel, notadamente para restaurantes, bares e padarias, caiu 5,3%, aliado à queda do consumo no setor industrial. Agora temos ligeiro aumento no granel, com a volta gradual das atividades comerciais.

• A empresa alterou seus projetos? Reformulamos nosso plano de investimentos e antecipamos ações que só ocorreriam no segundo semestre, mais voltadas à manutenção e segurança, e adiamos outras voltadas para expansões. Também fizemos um trabalho com a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e criamos um núcleo de estudos de usos para o GLP. Na América do Norte, por exemplo, há um consumo no agronegócio do tamanho do consumo total do Brasil e nós não temos nenhum quilo de gás no agronegócio.

• Em que atividades eles usam gás? Por exemplo na secagem de grãos e para fazer limpeza de áreas de plantio. Aqui, o uso para outras atividades não é permitido desde a primeira Guerra do Golfo. O Brasil na época importava 30% do que consumia e teve de reduzir o consumo porque não podia trazer o produto. Então o uso foi proibido em caldeiras, aquecimento de piscinas etc. Estamos com projeto na ANP para provar a eficiência e a qualidade do uso mais amplo.

• Como a empresa lidou com os funcionários na pandemia?

Desde o princípio, a proteção da saúde dos 2 mil colaboradores foi prioridade para não corrermos riscos de não manter clientes e representantes abastecidos com um produto essencial: gás de cozinha. Colocamos funcionários da sede em home office e reorganizamos a estrutura de operações. Adotamos medidas para transportar colaboradores, tirando-os do transporte coletivo, e cuidamos da saúde dos familiares. Fizemos treinamentos motivacionais, incluindo a saúde mental de todos, o que resultou em um programa de assistência que alcançou até mesmo o auxílio a filhos de colaboradores que prestarem o Enem./ CLEIDE SILVA

Autor/Veículo: O Estado de S.Paulo
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