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Crise dos chips deve se estender para 2023, afirma Anfavea

A crise dos semicondutores deve se estender por mais tempo do que se esperava. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes, disse que pelas estimativas do mercado o abastecimento de chips para a indústria automotiva deve se regularizar em 2023 e não na segunda metade de 2022, como se imaginava.

Pelos cálculos, de 10 milhões a 12 milhoes de veículos devem deixar de ser produzidos no mundo. No Brasil, segundo Moraes, essa perda na produção deve chegar a 300 mil unidades.
Ele disse que em 2022 a indústria brasileira ainda enfrentará um novo desafio, agora o macroeconômico, com taxa de juros e inflação em crescimento e a perspectiva de PIB negativo.

“Hoje estamos com uma oferta abaixo do necessário. Normalizado esse tema durante 2022, podemos enfrentar um novo problema, que é falta de demanda. Essa é a preocupação”, disse. “O Brasil está saindo da pandemia e poderíamos ter uma retomada mas vemos uma piora das perspectivas para 2022. Já se fala em estagnação, recessão. A agenda eleitoral não pode ficar acima da agenda econômica e a social.”

Neste ano, a produção de veículos deve crescer entre 6% e 10%, segundo estimativas da Anfavea, divulgadas ontem. Entretanto, a perspectiva anterior era de alta de mais de 20%. Até outubro, de acordo com dados da entidade, foram fabricados 1,82 milhão de veículos, uma evolução de 16,7%. Para ler esta notícia, clique aqui.

Autor/Veículo: Valor Econômico
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