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Em mais um ataque a Petrobras (PETR4), Bolsonaro quer rever política de preços da estatal

Nesta terça-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo busca rever a política de preços da Petrobras (PETR4), que alinha os reajustes dos combustíveis ao preço do barril de petróleo no mercado internacional.

"Tivemos problemas sérios no passado, além da corrupção: a questão da paridade com o preço internacional. Estamos buscando rever essa questão", disse Bolsonaro em entrevista à Rádio Correio, da Paraíba.

Com o preço dos combustíveis em alta, puxando a inflação, Bolsonaro tem entrado em guerra com a Petrobras e com os impostos cobrados por governadores sobre os derivados de petróleo, o ICMS. O presidente já chegou a dizer que a companhia é “monstrengo”.

Por volta das 17h30 desta terça-feira (23), as ações ordinárias da Petrobras (PETR3) sobem 4,85%, já as ações preferenciais (PETR4) têm alta de 6,11%.

Cabo de guerra

Apesar das declarações de Bolsonaro, o general Joaquim Silva e Luna, presidente da Petrobras (PETR4), afirmou que a alta nos preços dos combustíveis não é culpa da companhia. A fala se deu na audiência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal para explicar a alta nos valores.

"A alta de preços dos combustíveis não corresponde à Petrobras e está sendo colocada na conta dela", disse aos senadores. Luna destacou ainda que a empresa está há 30 dias sem reajustar os combustíveis e que analisa abaixar os preços.

Ele afirmou que outras medidas poderiam ser tomadas para reduzir a volatilidade do preço dos derivados do petróleo no mercado interno, como a criação de um fundo estabilizador usando os dividendos da Petrobras, que serão recorde este ano.

A medida tem o apoio de um grupo de senadores, mas Luna deixou claro que o assunto não está na alçada da companhia e cabe ao Ministério da Economia e ao Congresso.

Há também parlamentares que rechaçam essa hipótese e defendem a taxação das exportações de petróleo bruto, criticada pelo general pois, em sua visão, poderia gerar insegurança jurídica e afastar investidores do País.

Com informações de Estadão Conteúdo

Autor/Veículo: Seu Dinheiro
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