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Energia solar é aposta para elétricos limpos de verdade

Por enquanto, não é totalmente verdadeira a afirmação de que carros equipados com baterias e motores elétricos são os melhores amigos do meio ambiente. Afinal, não basta zerar a emissão de poluentes se a fonte para abastecer o carro também não é limpa: na Alemanha, cerca de 35% da eletricidade ainda é produzida com a queima de combustíveis fósseis. É quase como trocar seis por meia dúzia.

Diante disso, pesquisadores e empresas têm recorrido à mais antiga fonte de energia conhecida pela humanidade, disponível em abundância na maior parte do mundo e completamente renovável - pelo menos até daqui a cinco bilhões de anos, quando a estrela do Sistema Solar iniciará seu processo de extinção. Graças a novas tecnologias, a obtenção de energia solar captada por meio de placas fotovoltaicas está mais barata e eficiente. E pode até ser instalada em um veículo.

É isso que propõe a empresa holandesa Lightyear, que está desenvolvendo um carro elétrico coberto de painéis solares por todo o teto e capô. São cinco metros quadrados de placas que captam a energia do sol e adicionam 12 quilômetros de autonomia por hora.

A melhora na eficiência também terá reflexo na autonomia, tornando possível percorrer 725 km (de acordo com o ciclo WLTP) com apenas uma carga. O sedã, batizado de Lightyear One, será apresentado ainda neste ano e já pode ser encomendado por € 149 mil - mais de R$ 950 mil na conversão direta atual.

Mas enquanto esse protótipo não é colocado à prova, soluções mais simples já vêm sendo aplicadas. No Brasil, a empresa Alsol inaugurou neste ano o primeiro sistema de recarga de veículos elétricos que tem origem exclusiva na energia solar.

Segundo Gustavo Buiatti, fundador da companhia especializada em energias renováveis, as placas fotovoltaicas estão mais baratas e tiveram sua eficiência ampliada. Além disso, o tamanho necessário para a instalação diminuiu. Disponível na cidade mineira de Uberlândia, sede da Alsol, a recarga de veículos elétricos com energia solar já conta com clientes como a Coca-Cola. Para ler esta notícia, clique aqui.

Autor/Veículo: Valor Econômico
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