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Gasolina nos EUA chega a R$ 6,60 o litro e inflação acelera

O preço médio da gasolina nos Estados Unidos atingiu US$ 5 o galão (R$ 6,60 o litro) pela primeira vez na história no sábado (11), aumentando ainda mais a pressão sobre a maior inflação em quatro décadas, que se tornou politicamente cara para o governo Biden.

O novo marco de US$ 5, relatado pelo clube de automobilistas AAA, significa que os preços da gasolina nos EUA aumentaram mais de dois terços no último ano e mais que dobraram desde que Joe Biden assumiu a Presidência.

O aumento dos preços da energia alimentou uma parte substancial do contínuo aumento da inflação, que acelerou novamente em maio e agora está no ritmo anual mais rápido desde dezembro de 1981. O último índice de preços ao consumidor, divulgado na sexta-feira (10), mostrou que os preços subiram 1% só no último mês, ou 8,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

O preço médio da gasolina nos Estados Unidos atingiu US$ 5 o galão (R$ 6,60 o litro) pela primeira vez na história no sábado (11), aumentando ainda mais a pressão sobre a maior inflação em quatro décadas, que se tornou politicamente cara para o governo Biden.

O novo marco de US$ 5, relatado pelo clube de automobilistas AAA, significa que os preços da gasolina nos EUA aumentaram mais de dois terços no último ano e mais que dobraram desde que Joe Biden assumiu a Presidência.

O aumento dos preços da energia alimentou uma parte substancial do contínuo aumento da inflação, que acelerou novamente em maio e agora está no ritmo anual mais rápido desde dezembro de 1981. O último índice de preços ao consumidor, divulgado na sexta-feira (10), mostrou que os preços subiram 1% só no último mês, ou 8,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

O governo tentou repetidamente culpar o presidente russo, Vladimir Putin, apontando a invasão da Ucrânia pela Rússia como a principal razão do forte aumento de preços do petróleo, o que por sua vez elevou os custos do combustível.

O índice internacional de petróleo Brent subiu para mais de US$ 120 o barril desde que Moscou ordenou a entrada de tropas na Ucrânia —contra os mínimos de quase US$ 10 por barril durante a fase profunda da pandemia, há dois anos.

Nos últimos meses, a Casa Branca anunciou a liberação de volumes recordes de petróleo de um estoque de emergência federal para aliviar a crise de oferta, e também pediu à Arábia Saudita e outros países da Opep+ que aumentem significativamente a oferta.

A Casa Branca também culpou as companhias petrolíferas americanas por sua relutância em perfurar.
Falando em Los Angeles na sexta-feira, Biden mirou a ExxonMobil, a maior empresa de petróleo dos EUA, dizendo que "ganhou mais dinheiro do que Deus este ano".

Executivos de companhias petrolíferas americanas dizem que a exigência dos investidores de Wall Street de que gastem o lucro dos altos preços do petróleo em dividendos, e não em nova produção, conteve as despesas com novos suprimentos.

Biden e outras autoridades, incluindo a secretária do Tesouro, Janet Yellen, disseram repetidamente que combater a alta inflação é a "prioridade número um" do governo, mensagem que eles entenderam quando os índices de aprovação do presidente atingiram recordes de baixa.

Parlamentares republicanos aproveitaram a oportunidade para interrogar Yellen esta semana em depoimentos ao Congresso, forçando-a a defender o governo Biden das acusações de que ele alimentou as pressões de preços por meio de seus gastos.

Biden também encorajou o Federal Reserve a fazer o que for preciso para combater a inflação, enfatizando sua independência à medida que aumenta rapidamente as taxas de juros. Desde março, o banco central dos EUA elevou a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, e na próxima semana deverá implementar mais um aumento de 0,5 ponto, após aplicar o primeiro desde 2000 em maio.

Uma série desses aumentos é esperada até o segundo semestre de 2022, já que o Fed pretende mudar "rapidamente" sua política monetária para um cenário "neutro", que não estimule mais a demanda.


Autor/Veículo: Folha de S.Paulo
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