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ICMS único: veja o quanto vai subir o preço da gasolina e do etanol

Abastecer o carro tem sido motivo de preocupação para muitos motoristas. Com o sobe e desce do preço dos combustíveis, está difícil saber qual a opção é mais vantajosa na hora de completar o tanque. Por isso, monitorar os valores da gasolina e do etanol se tornou essencial. Mas, a partir de 1º de julho, conforme decisão recente do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), o governo passará a cobrar o ICMS em alíquota única de R$ 1,45.

Ou seja, o preço da gasolina e do etanol em breve voltarão a subir. E não será qualquer reajuste. A alta nos valores do litro de ambos os combustíveis (conforme a tabela abaixo) será bastante razoável e chegará a R$ 0,60 em alguns estados como, por exemplo, Amapá, Goiás e Rio Grande do Sul. Em São Paulo, o reajuste com ICMS único será de R$ 0,56, ou seja, uma alta de 11,45% no valor do litro da gasolina na bomba, segundo projeção da Fecombustíveis.

Veja o valor do ICMS por Estado

Estado ICMS atual* Acréscimo com ICMS único*
Acre 0,95 0,50
Alagoas 1,07 0,38
Amapá 0,85 0,60
Amazonas 1,09 0,36
Bahia 0,91 0,54
Ceará 1,14 0,31
Distrito Federal 1,02 0,43
Espírito Santo 0,90 0,55
Goiás 0,84 0,60
Maranhão 0,87 0,58
Mato Grosso 0,93 0,52
Mato Grosso do Sul 0,87 0,58
Minas Gerais 0,92 0,53
Pará 0,89 0,56
Paraíba 0,90 0,55
Paraná 1,01 0,44
Pernambuco 0,93 0,52
Piauí 1,23 0,22
Rio de Janeiro 0,94 0,51
Rio Grande do Norte 1,01 0,44
Rondônia 0,93 0,52
Rio Grande do Sul 0,85 0,60
Roraima 1,05 0,40
Santa Catarina 0,94 0,51
São Paulo 0,89 0,56
Sergipe 0,95 0,50
Tocantins 0,95 0,50

*Valores em reais (R$); Fonte: Fecombustíveis

Reoneração dos combustíveis encareceu gasolina

Segundo análise da Sem Parar, empresa de pagamento eletrônico via tag, a gasolina comum foi o combustível que mais subiu após a reoneração no fim de fevereiro. O estudo foi realizado entre os dias 1º de janeiro e 30 de março com clientes na cidade de São Paulo, mas aponta também a variação de preços em outras capitais, como o Rio de Janeiro. Nesse sentido, usou como base cerca de 23 milhões de transações de abastecimento.

Assim, após 30 dias da volta dos tributos federais nos combustíveis, o preço médio da gasolina comum subiu R$ 0,36 na capital paulista, e o etanol teve aumento de R$ 0,09. Ou seja, o valor do litro do combustível fóssil, que era de R$ 4,91, saltou para R$ 5,27, um aumento de 7,3% no preço médio na bomba.

Para quem usa gasolina aditivada, por exemplo, o valor saltou de R$ 5,32 para R$ 5,61, um acréscimo de R$ 0,29 na conta, o que corresponde a um aumento de 5,45% no valor do litro. Uma má notícia para os proprietários de veículos antigos, que preferem o combustível com aditivos, por exemplo.

Dessa maneira, entre 1º de janeiro e 28 de fevereiro, o ticket médio do abastecimento com gasolina comum era de R$ 146,07. Mas, com o retorno dos tributos, o valor passou a R$ 155,40, um aumento de 6,4%. Já o tanque de gasolina aditivada saltou de R$ 160,73 para R$ 171,08, também com 6,4% de aumento.

Etanol subiu menos com tributação

O etanol teve menor incidência de tributos, por exemplo. O preço médio do combustível derivado da cana-de-açúcar, em sua versão aditivada, foi de R$ 4,10 para R$ 4,19, um aumento, portanto, de R$ 0,09 por litro. Assim, a alta ficou na casa de 2,2%. Já o etanol comum apresentou queda: o litro baixou de R$ 3,73 para R$ 3,71, com redução de 0,54%.

Dessa forma, o etanol sentiu menos as elevações no valor médio gasto por tanque. Assim, quem abasteceu com álcool aditivado passou a pagar R$ 120,62 em vez de R$ 117,23, um aumento de 2,9%. E quem optou pelo álcool comum arcou com aumento de 2,3%. Ou seja, a conta foi de R$ 107,87 para R$ 110,34 por tanque, em média.

Comparativos e o golpe da gasolina barata

Ainda segundo análise da Sem Parar, o preço médio do litro de gasolina aditivada ficou 6,45% acima do valor da gasolina comum, após a reoneração dos combustíveis. Já o etanol aditivado ficou 13% acima da comum.

Aliás, os donos e usuários de veículos flex estão abastecendo com etanol em vez de gasolina, revela o levantamento. Desde 1º de março, o índice de pessoas que utilizam álcool em seus carros é de 33%. Antes da volta dos impostos, o índice era, então, de 30%. Já a demanda pela gasolina caiu de 70% para 67% nos abastecimentos no mesmo período.

Autor/Veículo: O Estado de São Paulo
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