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Intervenção na Petrobras é 'ruído' e pode afetar atividade

A intervenção do presidente Jair Bolsonaro na Petrobras pode levar a uma piora das condições financeiras e a um consequente impacto negativo na atividade, se a medida se materializar em mudanças de fato na política de preços da estatal.
Economistas afirmam que é preciso acompanhar o desenrolar do caso para avaliar melhor o dano potencial ao crescimento previsto para o ano. Mas é consenso de que este não é o momento para adicionar ainda mais ruído à economia.
“É cedo. Precisamos acompanhar essa história, ver até onde chega, para ter ideia dos potenciais efeitos para a atividade”, afirma Alessandra Ribeiro, sócia-diretora da área de macroeconomia da Tendências Consultoria.

Se confirmada a interferência na gestão de preços praticados pela estatal, o impacto para a atividade seria negativo.

A Tendências estima crescimento de 2,9% neste ano, abaixo da mediana do Focus, de 3,3%, e deve manter esse cenário conservador por causa do recrudescimento da pandemia e das incertezas fiscais.

“Em princípio, não devemos mudar esse número, mas há um risco baixista”, diz Ribeiro.

Hélcio Takeda, sócio da Pezco Economics, argumenta que, se não houver mudança na política de preços da petroleira, a pressão vista sobre os ativos financeiros nos últimos dias refluirá.

“Vai se dissipar ao longo do tempo se não houver uma alteração efetiva”, diz ele. Para ler esta notícia, clique aqui.

Autor/Veículo: Valor Econômico
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