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Mandato de biodiesel em discussão no CNPE

O Conselho Nacional de Política Energética discute desde ontem (22) qual será o mandato de biodiesel em 2022, quando acabam os leilões bimestrais.

A definição do percentual é urgente. Com a mudança no modelo de comercialização, produtores e distribuidoras precisam começar a firmar contratos de venda e compra do biocombustível para abastecer o país em janeiro e fevereiro, mas a demanda ainda é desconhecida.

Pelo cronograma atual, a mistura obrigatória do biocombustível ao diesel deveria estar em 13% (B13), e subir um ponto percentual em março do ano que vem.

Mas, na prática, ela ficou reduzida durante a maior parte do ano, sob a justificativa de impacto no custo do diesel vendido ao consumidor final.

No último leilão, realizado em outubro para abastecer o mercado em novembro e dezembro, o percentual obrigatório ficou em 10% (B10).

Há uma pressão de diversos elos da cadeia para que a mistura obrigatória continue no B10.

Alegando problemas de qualidade no biodiesel, relatados pelos principais usuários de diesel, os transportadores, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) pede a manutenção do teor de 10% de biodiesel "até verificação e validação positiva" de novos testes em motores do ciclo Diesel.

Também defende a entrada de novas rotas tecnológicas de combustíveis renováveis, como o diesel renovável.

Mesma agenda da Anfavea (montadoras), Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) e Fecombustíveis (revenda).

O movimento preocupa produtores, que defendem a qualidade do produto e temem por uma quebra no setor caso o mandato retroceda e diesel renovável e biodiesel importado entrem na disputa pelo mercado, como querem os outros agentes.

Até o fechamento desta edição, o Ministério de Minas e Energia não respondeu ao pedido de posicionamento sobre o mandato ou quando o CNPE deve apresentar uma definição. O espaço segue aberto.

Autor/Veículo: EPBR
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