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Mercado prevê PIB maior em 2022 e IPCA menor em 2023

O Boletim Focus divulgado ontem mostrou nova redução na estimativa para o IPCA – índice de inflação oficial – de 2023, mas ainda acima do teto da meta (4,75%). Pela segunda semana seguida, a estimativa cedeu, agora de 5,33% para 5,30%. Fora essa sequência, a última vez que a projeção havia caído foi no Boletim Focus da primeira semana de janeiro.

Para 2022, a projeção continuou a trajetória de recuo, guiada principalmente pelas medidas do governo para baixar os combustíveis e pelas recentes reduções nos preços da gasolina pela Petrobras. A estimativa desacelerou de 6,82% para 6,70%, a nona redução seguida, também acima do limite superior do alvo do Banco Central (5,0%). Há quatro semanas, a mediana era de 7,15%.

As estimativas registradas pelo Focus desta semana continuam a apontar para três anos consecutivos de estouro da meta a ser perseguida pelo BC, após o descumprimento já observado em 2021, com o IPCA de 10,06%. O alvo para 2022 é de 3,50%, com tolerância superior de até 5%, enquanto para 2023 a meta é de 3,25%, com banda até 4,75%.

A expectativa para o IPCA de 2024 continuou em 3,41%, ante 3,30% há um mês. A previsão para 2025 permaneceu em 3%, porcentual igual ao de 59 semanas atrás. A meta para os dois anos é de 3%, com intervalo de 1,5% a 4,5%.

TAXA BÁSICA.

A projeção para a Selic no fim de 2022 completou a 10.ª semana consecutiva em 13,75% no Boletim Focus. Este é o atual patamar da taxa básica de juro, o que mostra a percepção majoritária do mercado financeiro de que o ciclo de alta se encerrou no Comitê de Política Monetária (Copom) de agosto. Há um mês, o porcentual já era de 13,75%. Da mesma forma, a mediana para a Selic no fim de 2023 permaneceu em 11%.

PIB.

Ainda pelo Focus, o mercado financeiro continuou melhorando os prognósticos para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, na esteira de indicadores mais fortes, do estímulo fiscal do governo e da surpresa com a retomada do emprego.

A projeção para a alta do PIB em 2022 passou de 2,02% para 2,10%, nona alta seguida, ante 1,97% há um mês. Já a estimativa para a expansão do PIB em 2023 piorou, de 0,39% para 0,37%, enquanto a projeção para 2022 se manteve em 1,80%. •

Autor/Veículo: O Estado de S.Paulo
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