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Mercado projeta inflação acima do teto pelo 2º ano seguido

A estimativa do mercado financeiro para o IPCA, o índice de inflação oficial, de 2022 aponta para o segundo ano consecutivo de rompimento da meta a ser perseguida pelo Banco Central (BC). A projeção está em 5,03%, contra 5,00% do teto da meta deste ano, de acordo com o boletim Focus divulgados ontem, pelo BC.

Para 2021, a mediana cedeu marginalmente de 10,02% para 10,01%, mas é quase o dobro da banda superior do objetivo inflacionário (5,25%).

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançála, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia. Na hipótese de a meta de inflação ser descumprida, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, terá de enviar uma “carta aberta” ao ministro da Economia, Paulo

Guedes, explicando as razões para o estouro.

HISTÓRICO. A última vez que isso ocorreu foi em janeiro de 2018, e o motivo foi o descumprimento em outra direção, com a inflação do ano anterior abaixo do piso da meta. O expresidente Ilan Goldfajn justificou, à época, que o principal fator foi a queda dos alimentos por causa da safra recorde.

Após semanas de desaceleração, a expectativa da inflação para 2023 voltou a subir e a se afastar do centro da meta (3,25%), passando de 3,38% para 3,41%. Para 2024, a mediana continuou em 3,00%. •

Autor/Veículo: O Estado de S.Paulo
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