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Meta do governo é acabar com IPI pela reforma tributária, diz Alckmin

O vice-presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), disse que pretende acabar com a cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). “Tinha a possibilidade de ser cancelada a redução de 35% do IPI, e conseguimos que isso não fosse incorporado. A próxima meta é acabar com IPI, e acabar com IPI é pela reforma tributária ”, disse.

O vice-presidente defendeu, ainda, que a reforma tributária no país aconteça ainda no primeiro ano do novo Governo Lula.

“Sabemos que tudo que é PEC, que demanda mudança constitucional, deve-se fazer no primeiro ano, para aproveitar a legitimidade do processo eleitoral e avançar rápido. A reforma tributária é central. Ela pode fazer o PIB crescer, porque traz eficiência”, afirmou durante um encontro com a diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). “(A reforma trabalhista) não é de um governo, nem de oposição. É do país. É de senso comum. É preciso simplificar”, defendeu Alckmin.

Durante a fala com representantes da indústria paulista, Alckmin reafirmou que o presidente Lula não vai revogar as outras duas reformas, a trabalhista e a previdenciária. “O que pode ser feito é aprimorar”, disse o vice-presidente e ministro, lembrando a questão de algumas categorias, como a dos entregadores, que não tem proteção ou seguridade.

Indefinição na Fiesp
Alckmin participou do encontro a convite do presidente da Federação, Josué Gomes da Silva, que recentemente recusou o convite para assumir o ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, como informou a CNN, alegando dificuldades para se desvencilhar de suas empresas no Brasil e no exterior. O encontro também contou com a presença do ex-presidente Michel Temer.

O filho do ex-vice-presidente José Alencar vem enfrentando resistência dentro da Fiesp e está com a permanência no cargo ameaçada. Na tarde desta segunda-feira (16), acontece uma assembleia extraordinária a pedido de sindicatos patronais que fazem oposição a Josué. Eles criticam o posicionamento de Josué, ainda durante a eleição, quando divulgou uma carta “em defesa da democracia”, que seria simpática a candidatura de Lula. O documento teve apoio de uma pequena parcela dos sindicatos industriais.

Sobre a permanência do presidente da federação no cargo, Alckmin disse que é um assunto interno Fiesp, no entanto, reafirmou o “enorme apreço pelo Josué: grande industrial brasileiro (…). Espero que se resolva”, disse.

Autor/Veículo: CNN Brasil
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