MRE e UNICA buscam promover o etanol nas reuniões da presidência brasileira do G20
O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Coordenação Nacional de Organização e Logística da Presidência Brasileira do G20 (LogG20), celebrou acordo de cooperação com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), que viabilizará a oferta de veículos híbridos-flex e flex, com etanol combustível, para as reuniões da Presidência brasileira do G20, que se estende até 30 de novembro próximo. Os carros estão sendo fornecidos com o apoio das montadoras Hyundai, Stellantis e Toyota.
A iniciativa tem por objetivo promover a tecnologia do etanol brasileiro, combustível que reduz significativamente a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, em linha com uma das prioridades estabelecidas pelo Brasil para sua Presidência do G20, de promoção do desenvolvimento sustentável, em suas três vertentes (social, econômica e ambiental).
A parceria será lançada por ocasião da Reunião de Chanceleres do G20, no Rio de Janeiro, em 21 e 22 de fevereiro. O evento contará com cerca de 80 veículos movidos a etanol. Após a reunião, a frota seguirá para São Paulo, onde fará o transporte das delegações participantes da reunião de Ministros das Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20, entre 26 e 29 de fevereiro.
A cooperação estabelecida ainda prevê a expansão da frota ao longo de 2024, de forma a aumentar o percentual de carros movidos exclusivamente a etanol e de veículos híbridos-flex (que também utilizam energia elétrica), atingindo seu ápice na Cúpula do G20, que reunirá os Chefes de Estados e de Governo do grupo, em 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.
A parceria entre o MRE e a UNICA foi estabelecida no contexto da Aliança Global para Biocombustíveis, lançada à margem da última Cúpula do G20, em setembro de 2023, na Índia. A Aliança reúne 19 países e 12 organizações internacionais, com o objetivo de fomentar globalmente a produção sustentável e o uso de biocombustíveis. Seu lançamento contou com a participação de Brasil, Estados Unidos e Índia, os três principais produtores de etanol.
O Brasil produz e utiliza biocombustíveis há cerca de 40 anos, contribuindo de forma significativa para a redução das emissões do setor de transporte. Além disso, o país utiliza um dos maiores percentuais de etanol na composição de sua gasolina. Somente nos últimos 20 anos, desde o advento da tecnologia flex-fuel, em 2003, o consumo de etanol propiciou a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE), incluindo mais de 660 milhões de toneladas de CO2, equivalentes ao plantio de cerca de 5 bilhões de árvores nesse período.
Segundo estimativa da Agência Internacional de Energia, o mundo precisaria triplicar a oferta de biocombustíveis até 2030, a fim de zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa no setor de transportes. Nesse sentido, a produção global teria que crescer, em média, 17% ao ano, pelos próximos seis anos.
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