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Mubadala pode ter fundo americano como sócio na RLAM

O Mubadala está assinando sozinho a compra da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) e de seus ativos logísticos associados das mãos da Petrobras - mas o valor de US$ 1,65 bilhão não deve sair somente das contas do fundo soberano de Abu Dhabi. Duas pessoas próximas à transação afirmam que o Mubadala desenhou um acordo com a americana Diatoms para a transação, após a assinatura do contrato.

A gestora de fundos estruturados criada por Todd Morley, cofundador da Guggenheim Capital, trabalha principalmente com papéis de dívida de longo prazo em projetos em que a casa atua de alguma forma na operação - para render mais do que os bonds emitidos pelas empresas envolvidas nos projetos.

Morley também está à frente da G2 Investments, criada na mesma lógica de participação direta em projetos e companhias, ao invés de aplicação em fundos intermediadores, para reduzir as taxas no caminho e tentar maximizar retorno. A G2 já tem investimentos diretos em companhias de petróleo e gás e eventualmente também poderia ser veículo do aporte, disse um executivo.

No fim do ano passado, o Mubadala chegou a discutir um consórcio com a gestora de private equity Carlyle, que já é sua sócia na operação da Cepsa (Compañia Española de Petroleos). O fundo é controlador da companhia, que é dona de refinarias, e o Carlyle tem 37% do negócio. No Brasil, a Cepsa tem ativos na Bahia - é controladora do complexo petroquímico Deten, maior produtor de alquilbenzeno linear da América Latina, matéria-prima utilizada na fabricação de detergentes líquidos e em pó. Na área de exploração, tem dois blocos offshore na bacia do Ceará. Mas o comitê de investimentos do Carlyle acabou não dando aval para o negócio.

A Petrobras ficou “muito satisfeita” com o preço da venda, conforme um executivo ligado à estatal, já que a RLAM era sua refinaria mais velha. O Citi assessorou a Petrobras e o Lazard assessorou o Mubadala. Para ler esta notícia, clique aqui.


Autor/Veículo: Valor Econômico
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