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Mudança tributária aqueceu mercado de etanol no Centro-Sul do Brasil no final de junho, diz Cepea

A mudança tributária, com a retomada integral do PIS/Cofins para gasolina e etanol, a partir deste mês de julho – já que a Medida Provisória do governo do início do ano perdeu validade sem votação pelo Congresso – gerou aquecimento do mercado de etanol no Centro-Sul do Brasil, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).

A maior liquidez não ficou restrita ao estado de São Paulo, que lidera o mercado. "No estado de Goiás, por exemplo, o volume total de etanol hidratado vendido para outros estados, especialmente São Paulo, foi o maior da safra 2023/24, com um aumento de 95,1% na comparação entre as semanas de 12 a 16 de junho e de 19 a 23 de junho", destacou o centro.

Na semana entre 26 a 30 de junho, o indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado fechou a R$ 2,5352/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), com alta de 0,89% frente a semana anterior. Já no caso do anidro, o índice foi a R$ 2,9629/litro, também com valor líquido de impostos (PIS/Cofins), mas com um recuo de 0,65% em relação à semana anterior.

A competitividade do etanol hidratado sobre a gasolina nos últimos dias também contribuiu para o cenário de maior liquidez do biocombustível.

O mercado agora monitora para os próximos dias o impacto do aumento da alíquota do ICMS do etanol de 9,57% para 12% no estado de São Paulo, maior produtor e consumidor do produto, já que a competividade tende a se estreitar entre os dois combustíveis. Além disso, a Petrobras reduziu no fim da última semana o preço da gasolina nas refinarias.

Autor/Veículo: Notícias Agrícolas
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