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Petrobras corta no pós-sal e reforça venda de ativos

A primeira revisão de investimentos da Petrobras depois da eclosão da pandemia reforça ainda mais o foco da companhia no pré-sal, especialmente no projeto de Búzios (Bacia de Santos). O corte de até US$ 24 bilhões no orçamento da área de exploração e produção, seu carro-chefe, se concentrará no pós-sal - região que reúne os grandes campos maduros da Bacia de Campos, em franco declínio. Em reação a um cenário de preços mais baixos para os próximos anos, a expectativa é que a empresa coloque mais ativos à venda e que alguns projetos atrasem, impactando na curva de produção.

A Petrobras anunciou que investirá entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões em exploração e produção entre 2021 e 2025 - redução de 22% a 37% em relação aos US$ 64 bilhões previstos no plano 2020-2024. Para além dos impactos da desvalorização do real, a estatal aposta em três frentes para alcançar a economia: otimização dos investimentos em exploração; inclusão de novos ativos na carteira de desinvestimentos; e a revisão do portfólio de projetos (a partir de postergações, otimizações e até mesmo eventuais cancelamentos).

A companhia só divulgará os detalhes do novo plano estratégico em novembro, mas analistas apontam indicativos. “Acreditamos que a curva de produção irá se achatar devido à redução dos investimentos, bem como aos desinvestimentos adicionais”, escreveu o analista do Credit Suisse, Régis Cardoso. Para ler esta notícia, clique aqui.

Autor/Veículo: Valor Econômico
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