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Petrobras é monstrengo, volta a criticar Bolsonaro

A Petrobras é um "monstrengo" que trabalha para que seus acionistas "nunca tenham prejuízo", disse ontem o presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista à Rádio Cultura do Espírito Santo, ele voltou a criticar a política de preços da companhia e, sem entrar em detalhes, repetiu que pretende privatizá-la parcialmente. "Não tenho ingerência na Petrobras, tanto é que pretendo privatizar parte dela, o que não é fácil. Já entrei em contato com a equipe econômica porque a

Petrobras é um monstrengo. É uma estatal que tem monopólio e praticamente vive em função dela, ela vive, dada a legislação existente, para que os acionistas nunca tenham prejuízo, [tenham] um lucro bom.”

Com as declarações, Bolsonaro continua no ataque contra a estatal. Na semana passada, porém, o Ministério da Economia, em resposta à Petrobras, informou que não há estudos ou avaliações em curso que tratem da inclusão do projeto de desestatização da companhia no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

Ao afirmar que não tem ingerência sobre a Petrobras, Bolsonaro faz referência aos mecanismos de proteção da Lei das Estatais. Criada em 2016, a legislação prevê que qualquer obrigação e responsabilidade que uma empresa de economia mista assuma “em condições distintas às de qualquer outra empresa do setor privado em que atua” deve ser objeto de acordo prévio e estar claramente definidas em lei ou regulamento. A exemplo das últimas manifestações quando confrontado sobre o preço da gasolina e do diesel, Bolsonaro criticou a paridade internacional de preços, adotada no governo Temer. Não sinalizou, porém, qualquer intenção de mudar a política que define os reajustes.

Autor/Veículo: Valor Econômico
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