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Petrobrás fecha 2020 com produção de óleo e gás de 2,84 milhões de barris por dia

A Petrobrás fechou 2020 com produção recorde de petróleo e gás natural, de 2,836 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), alta de 2,4% comparada ao ano anterior. A exportação de petróleo e derivados ajudou a empresa a passar pelo ano de crise econômica com um resultado operacional positivo. Aliado a isso, mais uma vez, a estatal contou com a alta produtividade do pré-sal, principalmente, no campo de Búzios, no litoral fluminense.

A produção de petróleo no pré-sal, de 1,54 mil barris por dia (bpd), foi, de longe, a que apresentou o crescimento mais significativo em toda companhia, de 21,1%, comparado a 2019. No mesmo período, a média de extração de óleo no País (2,26 milhões de bpd) cresceu 4,3% e, considerando o somatório de petróleo e gás (2,78 milhões de boe/d), o avanço foi de 3,7% .

"As exportações de petróleo tiveram papel fundamental durante os piores momentos da pandemia, permitindo geração de caixa em um momento crítico, além de evitar perdas de produção", afirmou a empresa no relatório de produção e venda deste ano, divulgado nesta terça-feira. A companhia destacou que, em abril, no ápice da crise, foram exportados 1 milhão de bpd. E ressaltou que o óleo produzido em Búzios tem sido o mais importante da sua cesta de exportação, o que permitiu a atração de 14 novos clientes no exterior no ano passado.

Em 2020, balança comercial de petróleo e derivados foi positiva para a Petrobrás, com exportações de 957 mil bpd, alta de 30,2%, e importações de 214 mil bpd, queda de 39,5% - um saldo exportador de 743 mil bpd, 95% mais que em 2019. A venda de óleo combustível, de 194 mil bpd, foi a que mais cresceu, 45,9%, seguida da de petróleo (713 mil bpd), que avançou 33%.

Para o coordenador técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), Rodrigo Leão, o resultado reflete a estratégia da Petrobrás de alavancar a produção no pré-sal e, em contrapartida, reduzir sua atuação nas demais áreas. "O desempenho da companhia conseguiu ser satisfatório no período da pandemia, por explorar as oportunidades no mercado externo, principalmente, para a venda de óleo combustível", diz ele.

No mercado interno, no entanto, a venda dos principais derivados caiu. Este é o caso do óleo diesel, pivô do desgaste entre o presidente Jair Bolsonaro e caminhoneiros, cuja venda, de 687 mil bpd, significou uma queda de 5,2% ante o ano anterior. A produção (716 mil bpd), no entanto, subiu 2,6%. Já a venda de gasolina, de 343 mil bpd, caiu 9,3%, em linha com a produção, que foi 9,6% menor do que a do ano anterior.

Autor/Veículo: O Estado de S. Paulo
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