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Petrobras vai investir em diesel na Replan

A Petrobras informou ao mercado ontem que iniciou licitação internacional para implantação de uma nova unidade de hidrotratamento de diesel e os sistemas auxiliares necessários, visando à adequação e modernização do parque de refino da Refinaria de Paulínia (Replan).

O processo, que vai ocorrer na modalidade EPC (engenharia, suprimento e construção), irá resultar em uma unidade de hidrotratamento de diesel que terá capacidade de produção de 10 mil metros cúbicos por dia de diesel S-10. A entrada em operação está prevista para ocorrer em 2025.

“Com esse projeto, a Replan será capaz de produzir 100% de óleo diesel de baixo teor de enxofre e aumentar a produção de querosene de aviação, visando o atendimento das especificações e quantidades demandadas pelo mercado futuro, de forma econômica, com segurança operacional e menores impactos ao meio ambiente”, diz a estatal.

Inaugurada em maio de 1972, a Replan é a maior refinaria do Brasil em capacidade de processamento, com carga de 69 mil metros cúbicos por dia de petróleo (equivalente a 434 mil barris por dia, situada na cidade de Paulínia (SP).

A Replan não faz parte do pacote de ativos colocados à venda pela Petrobras. A estatal vai ficar com as refinarias instaladas em São Paulo e Rio de Janeiro. E vender todas fora dos dois Estados.

Em maio, a Petrobras anunciou que planeja investir US$ 300 milhões até 2025 para aumentar a eficiência e melhorar o desempenho operacional de suas cinco refinarias no eixo Rio-São Paulo.

Batizado de “RefTOP - Refino de Classe Mundial”, o novo programa prevê a implementação de uma série de medidas na unidade de Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, e nas refinarias paulistas Presidente Bernardes (RPBC), Capuava (Recap) e Henrique Lage (Revap), além da Replan. Juntas, essas cinco unidades respondem por cerca da metade da capacidade instalada nacional.

O investimento inicialmente previsto de US$ 300 milhões inclui, dentre outras medidas, o uso intensivo de tecnologias digitais, automação e robotização nas refinarias.

Autor/Veículo: Valor Econômico
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