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Petrobras voltará a elevar investimentos em novo plano a até US$ 70 bi

O próximo plano de negócios plurianual da Petrobras (PETR4) deverá prever investimentos entre 60 bilhões e 70 milhões de dólares, com a estatal voltando a elevar o Capex, principalmente em exploração e produção do petróleo do pré-sal, disseram duas fontes a par do assunto.

O plano 2022-2026, que será divulgado no próximo dia 25, está em fase final de elaboração.

Mas os números apontam um aumento na comparação com o programa anterior de 55 bilhões de dólares (2021-2025), quando a companhia realizou no ano passado uma redução de 27% na estimativa de aportes plurianuais visando preservar caixa diante da pandemia.

“Pode avançar nessa direção… Temos pressa no pré-sal”, afirmou uma das fontes, na condição de anonimato.

No entanto, os valores de investimentos previstos no novo plano de negócios ainda ficarão aquém dos projetados para o período de 2020 a 2024, quando a Petrobras apontou 75,7 bilhões de dólares.

“Há necessidade de acelerar a extração do pré-sal diante da possível transição energética”, acrescentou a segunda fonte, explicando que a empresa busca mitigar efeitos que possam ser sentidos nos projetos com a mudança para uma economia de baixo carbono.

“A empresa vai focar em ativos mais rentáveis e de mais rápido retorno para companhia e sociedade.”

O aumento dos investimentos não deverá afetar as métricas de endividamento. A meta de dívida bruta da companhia deverá “gravitar” em torno de 60 bilhões de dólares, segundo a primeira fonte.

No terceiro trimestre, a Petrobras reportou a redução na dívida bruta para 59,6 bilhões de dólares, batendo antecipadamente uma meta prevista para 2022, algo importante para a política de dividendos da empresa.

O plano também deverá prever uma preocupação com a chamada “pegada de carbono” da companhia e vai apostar em preservação de áreas verdes e reflorestamento, disseram as fontes.Procurada, a companhia afirmou que o novo plano será divulgado ao mercado em breve, e que “não é possível adiantar nenhuma informação”.

Fonte: Reuters

Autor/Veículo: Money Times
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