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Petróleo acelera ganhos no fim da sessão e fecha em forte alta

Os contratos futuros do petróleo aceleraram os ganhos no fim da sessão e fecharam em alta significativa, depois de abrirem o dia em terreno negativo, com os temores sobre uma piora em potencial das relações entre o Ocidente e a Rússia compensando os receios sobre a desaceleração econômica da China.

O contrato do petróleo Brent para julho - a referência global da commodity - fechou em alta de 2,41%, a US$ 114,24 por barril na Ice, em Londres, enquanto o do petróleo WTI americano para o mesmo mês subiu 2,93%, a US$ 111,82 por barril na Bolsa de Mercadorias de Nova York.

Os preços do petróleo passaram a subir no fim da manhã, depois de abrirem o dia em terreno negativo, refletindo os receios em torno da perspectiva de piora das relações entre o Ocidente e a Rússia, conforme mais países começam a se movimentar para aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Tanto a Finlândia quanto a Suécia anunciaram formalmente a sua intenção de aderir à Otan, com a entrada da Finlândia, em especial, mais do que dobrando as fronteiras territoriais da aliança militar com a Rússia. Isso, por sua vez, deve afetar negativamente as relações com Moscou, o que pode piorar as perspectivas para a oferta de petróleo para o Ocidente.

Ambas as referência do petróleo abriram a sessão em queda, porém, com os investidores reagindo aos dados decepcionantes sobre a atividade econômica chinesa em abril, quando os bloqueios por causa da covid-19 cobraram seu preço. As vendas no varejo caíram 11,1%, em base anual, e a produção industrial recuou 2,9% também em relação ao ano anterior, ficando ambas piores que o esperado.

Os dados sugerem uma contração da atividade econômica da segunda maior economia do mundo, que é também o maior importador líquido de petróleo no mundo, alimentando temores de uma queda da demanda pela commodity.

Phil Flynn, da Price Futures, também diz em nota de pesquisa que os mercados de petróleo estão de olho em uma possível reabertura mais ampla da economia da China, o que também ajuda a dar algum suporte aos preços.

Autor/Veículo: Valor Econômico
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