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Petróleo fecha em alta de mais de 2%

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta de mais de 2% nesta segunda-feira, acompanhando o movimento de recuperação nos mercados financeiros globais, após as fortes perdas da semana passada. As cotações responderam positivamente a avanços nas negociações por uma nova rodada de estímulos fiscais nos Estados Unidos, apesar das persistentes incertezas a respeito do coronavírus.

O petróleo WTI para março encerrou a sessão com ganho de 2,59%, a US$ 53,55 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). O Brent para abril avançou 2,38%, a US$ 56,35 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Investidores no exterior iniciaram a semana com um respiro, depois da turbulência nas sessões anteriores. Na Europa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, informou que a AstraZeneca concordou em aumentar a oferta de vacinas contra a covid-19 para o bloco a 40 milhões de doses nos três primeiros meses de 2021.

A notícia amenizou preocupações recentes quanto à distribuição dos imunizantes no continente, que tem sido duramente afetado pelas variantes novas do coronavírus. A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse nesta segunda-feira que o vírus pode ser tornar mais "agressivo", mas prometeu vacina para todos os cidadãos do país até o final do verão no Hemisfério Norte.

Nos EUA, as atenções do mercado se voltaram às discussões por um novo pacote fiscal. Senadores republicanos propuseram nesta segunda-feira uma legislação de alívio no valor de US$ 618 bilhões e garantiram "boa fé" nas negociações. O presidente americano, Joe Biden, terá uma reunião com integrantes da oposição nesta segunda-feira para discutir o tema.

Para o Commerzbank, além desses fatores, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) também têm exercido importante papel na estabilização da commodity. Levantamento da agência Reuters mostrou que os integrantes do cartel aumentaram a produção em 160 mil barris por dia (bpd), bem menos do que o esperado. "A Opep segue implementando os cortes na produção de forma disciplinada, o que é um dos principais fatores que explicam o porquê de os preços de petróleo estarem tão estáveis", salientou.

O analista Peter Cardillo, da corretora americana Spartan, avalia que os movimentos especulativos que impulsionaram o preço da prata também tiveram efeito no mercado de petróleo. "Quando você tem um salto no mercado de metais, os traders encontram uma desculpa para assumir riscos em ativos físicos", salienta.

*Com informações da Dow Jones Newswires

Autor/Veículo: Terra
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