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Petróleo fecha em baixa, com aversão ao risco por incertezas sobre economia global

Os contratos futuros mais líquidos do petróleo fecharam em baixa nesta quarta-feira (18), em pregão marcado pela aversão ao risco, em meio aos temores de recessão na economia mundial. O movimento reverteu as perdas do dólar ao longo da sessão, o que pressionou a commodity.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março fechou em baixa de 0,81% (US$ 0,65), a US$ 79,80 o barril, enquanto o Brent para o mesmo mês, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em baixa de 1,09% (US$ 0,94), a US$ 84,98 o barril.

Segundo a Capital Economics, os mais recentes sinais de que a economia dos EUA estão perdendo impulso parecem ter levado a um clima de fuga do risco nos mercados”, fazendo com que ativos de risco, como o petróleo, perdessem força registrada no início do dia. Hoje, dados das vendas no varejo, que caíram um pouco mais do que o esperado, surgem como mais uma evidência de que o país deve entrar em recessão ainda no primeiro semestre de 2023, indica a Capital Economics, embora o crescimento do PIB ainda pareça ter se sustentado ao longo do quarto trimestre de 2022.

Mais cedo, um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) indicou que a demanda do petróleo poderá atingir níveis recordes com a rápida reabertura da China. A agência ainda elevou sua projeção para a alta no consumo mundial de petróleo em 2023 em quase 200 mil barris por dia (bpd), para 1,9 milhão de bpd. O relatório ajudou à commodity a ampliar levemente os ganhos durante o pregão, mas o movimento se reverteu à tarde.

Já segundo relatório da Moody’s, a previsão é de que os preços médios do petróleo bruto permaneçam abaixo da média de US$ 100 o barril, mas que exceda a faixa de médio prazo de US$ 50 a US$ 70 por barril. Segundo análise, a trajetória do preço da commodity segue incerta e depende de resultados econômicos nas principais economias. “Esperamos que duas forças de mercado opostas mantenham os preços do petróleo altamente voláteis neste ano: desaceleração da demanda e oferta restrita”.

Na visão da empresa, a queda dos preços do petróleo ainda reflete expectativas para o crescimento da demanda da commodity em meio a maiores riscos de recessão nos EUA e na Europa e com um declínio de curto prazo na demanda da China, que ainda passa por restrições devido a infecções da covid-19.

Autor/Veículo: O Estado de São Paulo
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