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Petróleo fecha em queda, com China e falas do Fed no radar

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta sexta-feira (18), em sessão marcada pela perspectiva de baixo crescimento na China e mais aperto monetário nas economias desenvolvidas, que podem agravar a desaceleração econômica e alimentar os temores de recessão global. A valorização do dólar ante rivais também pesou sobre os negócios, ao tornar mais cara a commodity para detentores de outras moedas.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para janeiro fechou em baixa de 1,58% (US$ 1,56), a US$ 80,08 o barril, enquanto o Brent para janeiro de 2023 negociado na Intercontinental Exchange (ICE) recuou 2,41% (US$ 2,16), a US$ 87,62 o barril. Na semana, os recuos foram de 9,98% e 8,71%, respectivamente.

Segundo a Capital Economics, o aumento dos casos de covid-19, uma das principais compradoras do óleo do mundo, levantou preocupações sobre a demanda por commodities. “Embora ainda esperemos que o preço do petróleo suba um pouco a partir daqui, com a entrada em vigor de sanções mais rígidas da União Europeia ao petróleo russo em dezembro, os bloqueios persistentes nas principais cidades chinesas são o principal risco negativo para nossa previsão”. O Commerzbank projeta uma estabilização dos preços do petróleo em breve, “à medida que fica claro o quanto a oferta vai diminuir”.

Segundo a Bloomberg, o G7, que reúne os sete países mais industrializados do mundo, deve anunciar na próxima quarta-feira um teto para o preço do petróleo da Rússia.

A presidente da Federal Reserve de Boston, Susan Collins, falou mais cedo que suas opiniões estão abertas quanto à intensidade do aumento dos juros em dezembro, reforçando a necessidade mais elevações das taxas para conter a inflação.

Autor/Veículo: O Estado de São Paulo
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