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Petróleo fecha em queda, com foco na Opep+ e risco de aumento na produção

09/06/2020 - Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta segunda-feira, 8, com temor de aumento da oferta ante uma demanda ainda reprimida pela covid-19, com foco na Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Na reunião do último sábado, 6, o cartel definiu que os cortes na produção vigente duram até o fim de julho, e havia expectativa de um novo prolongamento e até aprofundamento do corte. No entanto, hoje, o governo da Arábia Saudita mudou de postura, disse que manterá o acordo de corte até julho e sem compensar eventuais falhas no cumprimento de outras nações. Kuwait e Emirados Árabes Unidos também não planejam estender seus cortes voluntários adicionais depois de junho, de acordo com fontes.
O petróleo WTI para julho fechou em queda de 3,44%, a US$ 38,19 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). O Brent para agosto caiu 3,55%, A US$ 40,80 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Os contratos futuros de petróleo foram acelerando o ritmo de queda ao longo da sessão, em meio a dúvidas sobre o acordo da Opep+ de estender os cortes na produção da commodity e com produtores do Golfo Pérsico resistindo a estender os cortes voluntários além de junho.
A notícia de que a Arábia Saudita não cortará nada além do que foi prometido até o final de julho contribuiu ainda mais para a queda nos preços da commodity, que ainda enfrenta a pressão de uma demanda retraída pela pandemia de covid-19 e um fator que pode ameaçar o reaquecimento das economias: uma possível segunda onda de infecção.
Segundo a Swissquote, “em meio a uma pandemia de coronavírus que drena a demanda por petróleo e deixou uma rota devastadora nos preços, a aliança de 23 nações da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados está se movendo com cautela para reequilibrar o mercado global de petróleo nos estágios iniciais da recuperação” .
Ainda no noticiário internacional, a petrolífera BP anunciou que eliminará 10 mil empregos mundialmente, como efeito da forte crise no setor.


Autor/Veículo: IstoÉ Dinheiro
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