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Petróleo fecha o dia em alta pelo segundo dia após corte da Opep+

Os contratos futuros do petróleo operaram com volatilidade, encerrando a sessão em alta modesta, mas suficiente para estender ganhos fortes registrados ontem, após notícia de corte na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para maio subiu 0,36% (US$ 0,29), a US$ 80,71 o barril, enquanto o Brent para junho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve alta marginal de 0,01% (US$ 0,01), a US$ 84,94 o barril.

O TD Securities avalia que a tendência de alta no petróleo se firmou nesta sessão, seguindo o corte surpresa da Opep+. No entanto, o banco alerta que o rali levanta preocupações sobre a inflação e riscos de recessão nos Estados Unidos novamente.

O óleo chegou a perder fôlego e a inverter o sinal no final da manhã, após a divulgação do relatório de criação de empregos (Jolts) e das encomendas à indústria nos Estados Unidos reforçar expectativa de desaceleração na economia americana.

Para a Rystad Energy, a turbulência nos mercados financeiros e a volatilidade do preço do petróleo são indício de um caminho difícil pela frente, mesmo com sinais de redução nas pressões inflacionárias.

Ainda nesta sessão, o governo do Iraque e autoridades curdas chegaram a um acordo para permitir a exportação de petróleo via oleoduto até o porto de Ceyhan, na Turquia. As companhias de petróleo locais que interromperam a produção nos últimos dias disseram que planejam reiniciar imediatamente as operações. O bloqueio havia impedido a produção e exportação de aproximadamente 500 mil barris por dia, devido a um impasse entre o governo iraquiano e autoridades curdas, ajudando a sustentar os preços da commodity.

Em relatório, a S&P Global aponta que as sanções do governo Joe Biden ao Irã podem intensificar gargalos na oferta do petróleo, em meio ao aumento da demanda global e com o avanço dos preços em 2023, levando a uma “disputa nos mercados globais de energia”. “Essa combinação – diplomacia fracassada e mercados de petróleo mais apertado – levanta o espectro de um confronto militar”, alerta a agência.

Autor/Veículo: O Estado de São Paulo
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