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Petróleo sobe mais de 2%, com avanço da demanda e preocupações do lado da oferta

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta robusta, nesta quarta-feira (8), nos níveis mais altos desde março. O óleo foi favorecido pelos dados do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE), que mostrou demanda forte por gasolina, ao mesmo tempo em que a China relaxa restrições contra a Covid-19 e retoma atividades. Enquanto isso, as restrições do lado da oferta continuam a preocupar.

O petróleo WTI para julho registrou alta de 2,26% (US$ 2,70), a US$ 122,11 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o Brent para agosto avançou 2,50% (US$ 3,01), a US$ 123,58 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O DoE divulgou relatório nesta quarta-feira que mostra que os estoques de óleo nos Estados Unidos avançaram 2,025 milhões de barris, contrariando a previsão de analistas, que esperavam baixa de 1,9 milhão de barris.

Por outro lado, os estoques de gasolina diminuíram 812 mil barris, enquanto a expectativa de analistas era de alta de 300 mil barris.

O chefe da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, expressou sua preocupação com o mercado de petróleo, especialmente no verão, quando é comum a demanda por diesel e gasolina aumentar, propondo que as economias avançadas reduzam o limite de velocidade a 10 km/h.

Essa medida economizaria meio milhão de barris por dia, a mesma quantidade em que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) prometeu aumentar sua produção. Analista-chefe da CMC Markets, Michael Hewson, destaca que há poucos sinais de uma pausa para os preços do petróleo bruto.

“Embora a Opep tenha prometido aumentar a produção para compensar o efeito da falta de produção russa, pode não ser suficiente, já que alguns produtores já estão lutando para atingir suas metas atuais”, afirma.

Os preços do petróleo não estão “nem perto” de seu pico, uma vez que uma recuperação iminente na demanda chinesa ameaça sobrecarregar um mercado global já comprimido pela oferta apertada, disseram os Emirados Árabes Unidos, membro-chave da Opep.

“Com exceção de dois ou três membros, todos estão no limite de produção”, disse o secretário-geral da Opep, Mohammad Barkindo.

Autor/Veículo: CNN Brasil
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