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Petróleo sobe mais de 2% em segundo dia seguido de forte alta

O petróleo terminou a sessão desta quarta-feira com ganho superior a 2%, após investidores reagirem ao índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de março dos EUA, que continuou sua tendência de desaceleração, e dados semanais de estoques americanos da commodity e de produtos derivados. Os preços reagiram principalmente com a segunda queda consecutiva dos estoques da reserva estratégica do governo americano.
O barril do petróleo WTI - referência americana - com entrega prevista para maio fechou em alta de 2,12%, a US$ 83,26, enquanto o do Brent - referência mundial - para o mês seguinte teve ganho de 2,01%, a US$ 87,33.

O CPI americano mostrou alta de 0,1% em março ante fevereiro, e de 5% na comparação anual, ambas as leituras 0,1 ponto percentual (p.p.) abaixo do previsto por analistas. O indicador tirou força do dólar e deu tração a ativos de risco como o petróleo, já que sugere um aperto monetário menor do Federal Reserve (Fed) daqui pra frente.
A commodity energética ganhou novo impulso após a divulgação dos dados de estoques semanais nos EUA. Embora os estoques de petróleo tenham subido 597 mil barris, contrariando a expectativa, as reservas de gasolina caíram e do petróleo de Cushing, em Oklahoma, caíram, sugerindo demanda forte e aperto da oferta, de acordo com o analista-sênior de mercados da Oanda, Edward Moya.
O mercado também reagiu à segunda queda semanal consecutiva nos níveis da reserva estratégica de petróleo do governo americano. As reservas caíram 1,6 milhão de barris para 369,575 milhões de barris. Segundo Moya, os preços dos contratos futuros foram impulsionados também por falas da secretária de Energia dos EUA, Jennifer Holm, que afirmou ter intenção de, em breve, retomar os níveis da reserva estratégica do período anterior à guerra da Ucrânia.
Este conteúdo foi publicado pelo Valor PRO, serviço de tempo real do Valor Econômico.

Autor/Veículo: Valor Investe
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