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Piora da pandemia afeta mercado de trabalho

O recrudescimento dos casos de covid-19 pode atrasar uma recuperação mais consistente do mercado de trabalho no país, que já teria um ano difícil em 2021 sem esse fator. Segundo economistas, mesmo crescendo entre 3% e 4% neste ano, a economia não deve gerar ocupação suficiente para a massa de desempregados deixada pela pandemia. Agora, a possibilidade de reintrodução de medidas mais restritivas de isolamento social em algumas regiões pode atrasar principalmente a recuperação do mercado informal, o que mais oferece trabalho aos brasileiros.
“O cenário ficou mais nublado, à medida que a pandemia reacelerou. A melhor política econômica em 2021 se chama vacina, distanciamento social e máscara, porque nada vai ajudar mais a atividade e o emprego que o combate à pandemia”, afirma Marcos Hecksher, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Segundo levantamento feito por ele com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid e Pnad Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi recuperado um emprego para cada cinco perdidos na pandemia. “É improvável que voltemos em 2021 ao patamar anterior, que já não era bom.”
Estimativa do banco Credit Suisse aponta a criação de 5 milhões de postos de trabalho neste ano, entre formais e informais, o que está longe de recompor os cerca de 8 milhões perdidos em 2020. A taxa de desemprego média deve subir de 13% para cerca de 15% em 2021.Para ler esta notícia, clique aqui.

Autor/Veículo: Valor Econômico
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