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Preço do barril de petróleo deve manter ritmo de alta


Os contratos futuros do barril de petróleo registraram forte alta em outubro, reflexo do avanço do consumo de combustíveis, em meio ao avanço da vacinação contra a covid-19 e ao relaxamento das restrições à mobilidade no mundo. Analistas apontam que o cenário deve se manter nos próximos meses e afirmam que há possibilidade de o barril atingir patamares ainda mais elevados em 2022.

O contrato do petróleo tipo Brent encerrou outubro cotado a US$ 83,72 por barril, alta de 120,66% em relação ao final de outubro de 2020, quando fechou em US$ 37,94 por barril. Na média do mês, os preços ficaram em US$ 83,03 por barril, aumento de 97,98% na comparação com igual mês no ano passado.

Um dos fatores que tem ajudado a manter os preços em níveis altos é a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de continuar com restrições à produção, ao mesmo tempo em que a demanda por petróleo e derivados cresce, principalmente em países desenvolvidos.

A Opep+ concordou, em abril do ano passado, com um corte de cerca de 10 milhões de barris por dia na produção, em reação ao choque de preços desencadeado pelo colapso no consumo gerado pela pandemia. Os cortes, no entanto, estão sendo relaxados gradualmente, mesmo com os sinais de recuperação da demanda.

Nas últimas semanas, o aumento do consumo de gasolina e diesel nos Estados Unidos levou a uma queda nos estoques do país. Em paralelo, a produção interna de petróleo e gás do país está se recuperando devagar, devido à redução de investimentos e às dificuldades para contratações de funcionários e equipamentos, aponta o analista sênior da Bloomberg Intelligence para o setor, Fernando Valle. Para ler esta notícia, clique aqui.

Autor/Veículo: Valor Econômico
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