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Preços do petróleo caem 8% com demanda fraca e nova onda de coronavírus

Os preços do petróleo despencaram cerca de 8% nesta quinta-feira (11), alimentados por novas preocupações sobre a queda da demanda à medida que novos casos de coronavírus aumentam pelo mundo e após os estoques da commodity no Estados Unidos terem atingido um recorde.

Os futuros do petróleo Brent, referência internacional, encerraram em queda de 7,6%, a US$ 38,55 por barril. O petróleo nos EUA (WTI) caiu 8,2% e fechou a US$ 36,34 dólares. Esse foi o maior recuo diário para o Brent e o WTI desde 21 e 27 de abril, respectivamente.

Os casos de Covid-19 nos Estados Unidos ultrapassaram 2 milhões nesta quarta-feira, segundo contagem da Reuters, com leve crescimento nas infecções após cinco semanas de queda.

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E, embora a maior parte dos estados norte-americanos tenha aliviado restrições à movimentação de pessoas, o consumo de combustíveis segue 20% abaixo dos níveis normais, uma vez que consumidores seguem cautelosos. Além disso, o Federal Reserve expressou preocupação de que isso continue, limitando a demanda.

"Uma série de casos locais pode ter o efeito de minar a confiança das pessoas em viajar e ir a restaurantes e (opções de) entretenimento", disse o chefe do Fed, Jerome Powell, na quarta.

Estoques
O petróleo tem subido nas últimas semanas após governos terem aliviado restrições associadas ao coronavírus, o que gerou otimismo de que a demanda por combustíveis pudesse se recuperar.

Mas os estoques nos Estados Unidos cresceram inesperadamente na semana passada, para um recorde de 538,1 milhões de barris. A estocagem de gasolina também subiu mais que o esperado, para 258,7 milhões de barris.

"O retrato dos fundamentos ainda traz indicativos de baixa para os quais o mercado estava fechando os olhos", disse o diretor de pesquisa de mercado da Tradition Energy, Gene McGillian.

Autor/Veículo: G1
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