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Refap é relevante para o Ultra, diz presidente

Numa indicação clara de que o grupo Ultra não pretende desistir da compra da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), o presidente da Ultrapar, Frederico Curado, disse ontem que a operação é importante e as premissas que norteiam o investimento seguem presentes, apesar das incertezas geradas pelas turbulências recentes na Petrobras.

“Há um longo processo de negociação pela frente e temos de nos assegurar que as condições de mercado livre permaneçam válidas”, disse o executivo, em teleconferência com analistas para comentar os resultados do quarto trimestre. “O Ultra segue com bastante convicção de que essa privatização parcial do refino vai melhorar a dinâmica do setor e queremos ser um player nesse novo cenário”.

O posicionamento vem dias depois de o presidente Jair Bolsonaro ter anunciado a substituição do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, pelo general da reserva Joaquim Silva e Luna, sob duras críticas à política de preços de combustíveis da estatal - que acompanha os movimentos do mercado internacional. A intervenção do chefe do Executivo foi mal recebida pelo mercado e levantou dúvidas sobre a continuidade do plano de desinvestimentos da estatal, especialmente das refinarias.

Para a Moody’s, a iniciativa de Bolsonaro “sinaliza uma mudança em direção a políticas governamentais mais intervencionistas”, gera incertezas nos investidores e reduz as perspectivas de crescimento da economia brasileira no médio prazo.
“Também pode enfraquecer as perspectivas de privatização de entidades estatais, que era um dos objetivos políticos declarados do governo e um meio de gerar entrada de receita”, indicou a agência de ratings, em relatório de quarta-feira. Para ler esta notícia, clique aqui.

Autor/Veículo: Valor Econômico
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