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Reforma tributária precisa de versão enxuta, diz Bolsonaro

Apesar do discurso da equipe econômica de que é preciso retomar rapidamente as reformas para o país voltar a crescer, o presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem que o envio da reforma administrativa pelo governo só ocorrerá no ano que vem e não deu prazo para a proposta de mudanças tributárias.
Bolsonaro disse que é preciso fazer um “bom trabalho de mídia” sobre a reforma administrativa para mostrar que ele não está querendo acabar com a estabilidade dos servidores públicos. Afirmou também que o segundo semestre no Legislativo deve acabar em novembro (quando ocorreriam as eleições municipais, caso sejam adiadas) e, por isso, a proposta, “com toda certeza, fica para o ano que vem”.
As declarações, feitas em entrevista à “BandNews TV”, contrastam com as falas vindas do Ministério da Economia. O ministro Paulo Guedes e técnicos da pasta vêm repetidamente defendendo que a retomada da agenda de reformas no pós-pandemia é fundamental para a atração de investimentos e retomada do crescimento.
Bolsonaro disse ontem que a reforma tributária é “complicada” e que tem repetido para Guedes trabalhar numa versão mais enxuta, com condições de ser aprovada.
Mais cedo, o secretário especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, havia dito que a reforma se tornou “ainda mais urgente” e pode ter seus pontos iniciais aprovados ainda neste ano. Para ele, a proposta geral precisará também ser “um pouco mais ampla”, incluindo outras bases além do consumo. Para ler esta notícia, clique aqui.

Autor/Veículo: Valor Econômico
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