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Se não pode com o combustível mais caro, vá com a ação que enche o tanque

Os preços dos combustíveis são um tópico político bastante sensível no Brasil, afinal bastou a Petrobras (PETR4) defender a atual política de preços da gasolina e do diesel para que caminheiros já falassem em nova greve. Mas, o ponto que analistas do Credit Suisse querem chegar sobre o assunto é bem direto.

Só no acumulado de 2021, o preço da gasolina saltou em média R$ 1,50 por litro, embora apenas metade deste aumento sentido no bolso do brasileiro é diretamente atribuído à estatal, no caso R$ 0,75 por litro.

A outra parcela se deve, principalmente, a incidência do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) cobrado pelos Estados, e que foi alvo de votação na Câmara dos Deputados na noite desta quarta-feira (13).

Deputados avançaram projeto que fixa valor do imposto sobre combustíveis, o que segundo o relator da proposta na Casa trata um dos pontos mais decisivos na composição do preço dos combustíveis: a carga tributária.

O texto aprovado pelos deputados federais ainda precisa seguir ao Senado e, na sequência, depende da sanção do presidente Jair Bolsonaro, que é defensor da proposta, enquanto governadores desaprovam.

“A proposta que caminhou em Brasília resulta no curto prazo na redução do preço dos combustíveis na bomba, ao mesmo tempo que reduz a volatilidade dos preços nos postos de venda ao consumidor. Vemos com uma boa notícia ao setor, em especial à Petrobras, com recomendação de compra“, frisam os analistas Regis Cardoso e Marcelo Gumiero, que assinam relatório obtido pelo Money Times.

Com base no preço-alvo em 12 meses da ADR da Petrobras — negociada em Nova York — em US$ 14 cada pelo Credit Suisse, as ações preferências (PETR4) têm preço-alvo de R$ 38 cada no mesmo período.

Autor/Veículo: Money Times
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