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Segundo a EPE, consumo de gasolina não deve retomar os patamares anteriores à pandemia até 2022

05/06/2020 - Estudo realizado recentemente pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), mostra que o consumo da gasolina C não deve retomar os patamares anteriores à pandemia até 2022. Com a queda não só da gasolina, mas também de outros combustíveis, a rombo na arrecadação de impostos poderá chegar a R$ 54 bilhões.
Segundo a EPE, as vendas anuais de gasolina C em 2020 devem variar entre 31,6 bilhões e 35,1 bilhões de litros. Em 2019, o volume foi de 38,4 bilhões. Já para 2022, as vendas estão estimadas entre 32,1 bilhões e 36,9 bilhões de litros.
Houve e ainda haverá queda nos outros combustíveis, como etanol hidratado, querosene de aviação e óleo diesel. Para o etanol, a estimativa é que a comercialização varie entre 19,4 bilhões e 21,4 bilhões de litros em 2020 (2019: 23,2 bi litros). Em relação ao querosene de aviação, a retração projetada pela EPE é de 34% a 60% em 2020. Porém, já para o óleo diesel (amplamente comercializado), a retração deve ficar entre 2% a 8% em 2020.
Mediante perspectivas de queda para os combustíveis, a EPE também fez uma projeção para a arrecadação de impostos, que consequentemente diminuirão.
“Estima-se que as perdas poderão potencialmente alcançar R$ 54 bilhões de forma agregada ao longo de todo o período analisado [2020-2022]”, afirmou a EPE. “Desse montante, os tributos de responsabilidade federal respondem por até R$ 18 bilhões, enquanto os de responsabilidade estadual podem atingir R$ 36 bilhões”, acrescentou.
Em relação as perdas arrecadatórias relativas ao consumo de querosene de aviação, a EPE disse não ter considerado em seu estudo, tendo em vista a dinâmica diferenciada do mercado e na dificuldade de obter informações. “A maior perda [de arrecadação] projetada dentre os combustíveis é a da gasolina C, que pode chegar a R$ 39 bilhões no acumulado entre 2020 e 2022”.

Autor/Veículo: Click Petróleo e Gás
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