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Três grupos disputam refinaria da Petrobras no PR

Três empresas apresentaram propostas pela Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, e estão na disputa pelo ativo da Petrobras, apurou o Valor. Os investidores interessados acompanham os desdobramentos do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o pedido para impedir a venda das refinarias da estatal. Ao mesmo tempo, a petroleira negocia com Mubadala, dos Emirados Árabes Unidos, a assinatura do contrato para venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia.
O Valor apurou que as propostas apresentadas pela Repar foram próximas, o que levou a Petrobras a abrir, então, uma nova rodada de negociações com as concorrentes. Entre os interessados no negócio, estão tanto empresas brasileiras quanto estrangeiras. No mercado, o grupo indiano Essar é apontado como um candidato a comprar uma das refinarias das refinarias da estatal. O Grupo Ultra (dono da Ipiranga), Raízen (Shell / Cosan) e a chinesa Sinopec são outros nomes que vêm acompanhando os desinvestimentos do refino há um tempo.
O pedido para que o STF se posicione sobre a venda de refinarias partiu das mesas do Congresso Nacional. O julgamento do STF começou na sexta-feira com um voto contrário à estatal, dado pelo relator, ministro Edson Fachin.
Em junho do ano passado, o plenário da Corte decidiu que as privatizações das chamadas “empresas-mãe” (controladoras e holdings) só podem ocorrer após aprovação de lei específica no Congresso, mas que o mesmo não vale para a alienação do controle acionário das subsidiárias. Com o aval do STF, a Petrobras pode, na ocasião, concluir a venda de 90% da Transportadora Associada de Gás (TAG), para a Engie e o fundo canadense CDPQ, por R$ 33 bilhões.
Há dois meses, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), alertou o STF sobre uma suposta manobra do governo para privatizar estatais à revelia do Legislativo. Para ler esta notícia, clique aqui.

Autor/Veículo: Valor Econômico
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