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UBS diz que PEC dos combustíveis reforça independência da Petrobras

Em relatório, o UBS BB destacou que o projeto do governo de reduzir o preço dos combustíveis via legislação é um sinal positivo, que reforça a independência da Petrobras (PETR3;PETR4).

O governo pode apresentar ao Congresso Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para redução do preço dos combustíveis e da energia. Seriam zeradas as alíquotas de PIS/Cofins sobre gasolina, diesel e etanol. A ideia é que o projeto seja apresentado logo após o final do recesso parlamentar.

“Por outro lado, a estimada perda de receita de R$ 50 bilhões para o governo, sem compensação, pressionaria ainda mais a situação fiscal do país, podendo levar à deterioração do câmbio e consequente necessidade de elevação dos preços dos combustíveis, em sentido contrário da intenção do PEC”, avaliam.

O UBS BB ainda acredita que o provável desconto conseguido para os combustíveis poderia ser parcialmente absorvido como margens pela cadeia de distribuição e pelo varejo, diminuindo o impacto positivo aos consumidores.

“Mesmo com os cortes nos impostos, avaliamos que seria parcialmente absorvido pelas margens das distribuidoras, a razão pela qual esperamos que o impacto final para o consumidores seja muito menor que o R$ 0,012 por litro por R$ 1 bilhão que o governo projeta”, apontam os analistas.

O UBS BB possui recomendação de compra para Petrobras, com preço-alvo em R$ 44 para a ação PETR4, com potencial de alta de 39% em relação ao fechamento da última sexta-feira (21).

Os analistas esperam que o impacto seja mínimo também para as empresas de distribuição de combustíveis, uma vez que a
a redução de impostos provavelmente: 1) seria repassada; 2) pode ser absorvido em margens, embora improvável de ser algo material.

“A medida pode, no entanto, ajudar a reduzir concorrência desleal no setor, uma das principais questões que pressionam estruturalmente as margens pelo país”, avaliam.

Autor/Veículo: Infomoney
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