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Vendas têm reação em maio, mas varejistas temem calote

04/06/2020 - A piora do cenário econômico, que aumenta o risco de calote por parte dos consumidores, fez as dez maiores varejistas do país elevarem em quase 40% a provisão para devedores duvidosos em seus balanços do primeiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado.
No total, o montante passou de R$ 4,1 bilhões para R$ 5,7 bilhões. Em relação ao quarto trimestre, a alta foi de 9%.
O Valor analisou os balanços de GPA, Carrefour, Renner, Riachuelo (Guararapes), Marisa, C&A, Magazine Luiza, Via Varejo, Americanas e B2W. O aumento das provisões indica falta de confiança do varejista em receber, no prazo previsto, pela venda ou crédito concedido.
Apesar da atitude preventiva das grandes redes, os primeiros dados sobre o comércio em maio podem indicar um início de reversão de tendência. Números do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), que registra vendas entre empresas mais o comércio eletrônico, indicam média diária de transações de R$ 21,1 bilhões em maio, 11% superior ao de abril. Embora a comparação se dê com um mês de atividade muito fraca, “houve recuperação importante”, observa o secretário da Receita Federal, José Tostes. A informação contraria previsões de que maio seria pior que abril. “O fundo do poço ficou para trás”, diz Tostes. Ele cita também dados da Fenabrave, que mostram alta de 11,6%nas vendas de veículos em maio, em relação a abril, embora em comparação com o mesmo mês do ano passado a queda ainda seja muito elevada, de 71,98%. Para ler esta notícia, clique aqui.

Autor/Veículo: Valor Econômico
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