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Vibra "navega bem" em qualquer cenário para combustíveis, diz CEO

O CEO interino e CFO da Vibra Energia, André Natal, disse nesta sexta-feira que não há preocupação com possíveis mudanças na atuação da Petrobras sobre os preços dos combustíveis a partir da entrada do novo governo petista eleito, uma vez que a companhia tem capacidade de "navegar bem" em qualquer cenário.

"A gente já experimentou nos últimos 20 anos todo tipo de combinação, desde volatilidade diária até mensal ou anual. Acho que a gente consegue navegar bem em todos os cenários", disse Natal durante teleconferência sobre os resultados trimestrais.

Segundo o executivo, as distribuidoras, ao longo dos anos, conseguiram ser "resilientes" a despeito da forma de precificação da petroleira.

Até 2019, a Vibra compreendia a BR Distribuidora, que pertencia à Petrobras. A saída da estatal do negócio foi totalmente concluída só no ano passado.

"Óbvio que há cenários em que a gente gosta mais de navegar. A gente acha que o PPI (Preço de Paridade de Importação) é a forma mais correta de fazer. Mas a gente não tem preocupação em tentar antever a forma de atuação da Petrobras ao longo dos próximos anos. A gente vai seguir fazendo resultado", acrescentou Natal.

Em relação aos resultados do terceiro trimestre, o CEO destacou que a empresa precisou recorrer à expansão de margem como forma de compensar a queda de volume dos estoques de combustíveis causada pelas desonerações tributárias.

"Ainda assim, a companhia foi capaz de contrapor esse movimento, na captura de margem, inteligência de pricing, com mitigação desse efeito, gerando resultado ainda consistente", disse ele, citando que esse cenário tende a continuar até o final do ano, uma vez que as reduções dos tributos estarão em vigor até 31 de dezembro.

Segundo o executivo, a maior parte do impacto de 1,7 bilhão de reais de "perda de estoques" no trimestre veio da gasolina, por ter sido o combustível com maior redução para os consumidores, uma vez que os impostos federais do diesel já estavam zerados desde março e a maioria das alíquotas do ICMS já eram mais baixas que as da gasolina.

"Na hora em que o preço cai muito rápido, todo mundo sabe que vai vir uma perda de estoque muito grande e tenta contrapor com uma expansão de margem",acrescentou.

Na apresentação, Natal destacou ainda a progressiva redução de despesas da companhia desde a privatização, com um corte de cerca de 2 bilhões de reais de custo anual recorrente.

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Autor/Veículo: UOL
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