Abastecimento irregular de GLP envasado

Abastecimento irregular de GLP envasado

O abastecimento de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha, continua irregular em várias regiões do país. A situação está mais crítica nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Minas Geais e interior de São Paulo.  Na região Norte, o abastecimento está regularizado. Já no Sul, houve leve melhora, mas as distribuidoras ainda encontram dificuldades para atender toda a demanda. Não há informações transparentes da Petrobras para o mercado em relação ao nível de produção e da importação de GLP. O fato é que as distribuidoras não têm conseguido abastecer o mercado, que se encontra desfalcado pelos dez dias de paralisação, o que levou ao aumento da demanda cerca de 30% acima da média da produção diária de envasamento. O Brasil comercializa em média 33 milhões de botijões por mês. As distribuidoras deixaram de envazar em torno de 11 milhões de botijões durante a greve dos caminhoneiros, o que deixou  as revendas com os estoques zerados. As distribuidoras de GLP alegam que não recebem quantidades suficientes para atender à demanda do mercado, desta forma, as revendas não conseguem repor seus estoques e os consumidores compram o produto na medida em que chega nas revendas. Boa parte da população continua comprando botijões acima de suas reais necessidades com receio de faltar o produto. É preciso que os consumidores adquiram apenas o suficiente para o seu consumo, evitando comprar dois ou três botijões, como medida de contenção do desabastecimento em algumas regiões do pais. Vale salientar que um botijão para uma família de quatro pessoas dura, em média, cerca de 42 dias. O produto comprado a mais, como reserva, tira a oportunidade de pessoas com necessidade de consumo imediato ou menos favorecidas que têm apenas um vasilhame. Além disso, armazenar mais de um botijão pode colocar em risco a segurança da própria família quando é armazenado de forma inadequada. Orientamos os consumidores a adquirirem o gás de cozinha apenas de revendas autorizadas pela ANP, evitando a compra do produto por comerciantes clandestinos, já que podem cobrar preços desproporcionais à população. Ainda não há previsão sobre o retorno do abastecimento regular do gás de cozinha, tendo em vista que dependemos totalmente da Petrobras para suprir o mercado nacional. José Luiz Rocha, presidente da Associação Brasileira de Entidades de Classe das Revendas de Gás LP (Abragás)

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