Carga tributária é principal vilã dos preços dos combustíveis, diz Fecombustíveis

Carga tributária é principal vilã dos preços dos combustíveis, diz Fecombustíveis

A Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes) acredita que há espaço para redução de preços dos combustíveis no país e aponta a elevada carga tributária como principal vilã dos preços no setor, e não as margens dos comerciantes. Em cada litro de gasolina, o consumidor paga quase 40% de impostos e no de diesel, 22%. É uma carga extremamente elevada?, destaca Paulo Miranda Soares, presidente da Fecombustíveis. No que se refere à decisão da Petrobras de não mexer nos preços da gasolina e do diesel na refinaria nesse momento, o presidente da Fecombustíveis reconheceu a necessidade da companhia compensar o período em que não repassou as elevações do petróleo no mercado externo, porém cobrou maior transparência na política da companhia. Os preços até já poderiam ter caído, mas é de se esperar que a Petrobras faça alguma compensação. Afinal, quando o barril de petróleo bateu nos US$ 147, a Petrobras segurou os preços internos, compatíveis com um preço de realização de US$ 60. O que não sabemos é o montante do prejuízo que ela teve nesse período e quanto tempo será necessário para fazer essas compensações, porque não há uma política transparente?, afirmou Paulo Miranda Soares. O presidente da Fecombustíveis, entretanto, contestou as declarações do diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que na sexta-feira culpou as margens dos comerciantes e os impostos pelos valores cobrados em bomba. Com base no último levantamento de preços da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), a carga de tributos federais (PIS/Cofins e Cide) e estadual (ICMS) corresponde a 40% do preço na bomba por litro de gasolina e a 22% do diesel. O preço de realização da Petrobras representa 33% do valor cobrado na bomba por litro de gasolina e 61% no litro do diesel, enquanto a margem bruta de revenda e distribuição totaliza 17% e 11%, respectivamente. E estamos falando de margem bruta, ou seja, é desse valor que postos e distribuidoras vão ainda descontar seus custos?, enfatiza o presidente da Fecombustíveis. Paulo Miranda reconhece que uma redução nos preços dos combustíveis, em especial do diesel, poderia trazer alívio para a economia nesse período de desaquecimento, já que teria impacto direto sobre o transporte de cargas. Mas não basta mexer no valor cobrado na refinaria, é necessário rever a cadeia de impostos sobre os combustíveis. Se os governos federal e estaduais reduzissem suas alíquotas, a economia ganharia um refresco e a Petrobras poderia fazer suas compensações, sem prejudicar seu plano de investimentos?, enfatiza. Sobre a Fecombustíveis: A Fecombustíveis é formada por 35 sindicatos patronais e representa os interesses de cerca de 36 mil postos de serviços que atuam em todo o território nacional.

www.fecombustiveis.org.br  

Assessoria de imprensa da Fecombustíveis

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