Etanol anidro sobe R$ 0,34 nas usinas em uma semana

Etanol anidro sobe R$ 0,34 nas usinas em uma semana

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) alerta que o preço do etanol anidro segue em alta nas unidades produtoras, apesar do início da safra. Somente na semana encerrada em 15 de abril, a elevação nos preços foi de 15,92%, ou de R$ 0,34 por litro, ante a semana anterior, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP. Com isso, o litro do etanol anidro nas usinas em São Paulo, sem fretes ou impostos, atingiu R$ 2,4727, o maior valor já apurado desde que o Cepea começou a acompanhar os preços do produto, em 2000. O etanol anidro é misturado no percentual de 25% à gasolina A, formando assim a gasolina C, a qual é vendida nas bombas. De acordo com cálculos da Fecombustíveis, a alta da semana passada no anidro eleva em 3,5% o custo da gasolina vendida nos postos, ou quase oito centavos por litro, na média Brasil, considerando apenas a variação no preço do etanol.   Importante destacar que nos estados onde a tributação do ICMS ocorre por Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF) pode haver ainda elevação na tributação. Isso porque a base de cálculo do imposto é determinada segundo uma média de preços do mercado. Como os preços estão aumentando, sobe a base de cálculo e, por tabela, também o imposto cobrado. E as Secretarias de Fazenda de vários estados têm revisado sua pauta para cima. No acumulado do ano até abril, o preço do anidro já aumentou 93% nas usinas, elevando em 14% o custo da gasolina C. No período, entretanto, os valores praticados para a gasolina na distribuição subiram 8,8% e na revenda, 7,5%, analisando a média Brasil, segundo dados da ANP. A Fecombustíveis ressalta que os preços são livres em todas as etapas (produção, distribuição e revenda), cabendo aos agentes determinar seus preços com base em suas estruturas de custo e margens. Entretanto, é importante manter a sociedade informada sobre alterações ocorridas em outros elos do mercado de abastecimento, evitando assim que os postos de combustíveis, face mais visível dessa complexa cadeia, sejam responsabilizados por aumentos que apenas lhe foram repassados.  

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