O sucesso da Expopostos

O sucesso da Expopostos

Em setembro completou um ano que a crise financeira internacional teve início nos Estados Unidos, com a falência do banco de investimentos Lehman Brothers, gerando incertezas e apreensão em todo o mundo, em meio a previsões catastróficas que colocavam esta crise como a mais grave desde a quebra da Bolsa de Nova York em 29. O fato é que, passados 12 meses, o mundo não acabou, as economias desenvolvidas deixaram de piorar e o Brasil voltou a crescer. E foi em meio a esse clima de otimismo que volta a florescer entre o empresariado nacional que realizamos a quinta edição da Expoposto & Conveniência 2009, em parceria com a Abieps e o Sindicom. Com número recorde de expositores e visitantes, a Feira desse ano refletiu não apenas a força do setor de combustíveis e conveniência, mas também foi um retrato fiel do momento pelo qual passa a revenda. Quem percorreu os corredores percebeu o foco cada vez maior em conveniência e equipamentos para proteção ambiental, confirmando a importância que essas duas vertentes vêm ganhando em nosso negócio. A primeira, como forma de incrementar os ganhos, compensando margens cada vez menores nos combustíveis. E a segunda pelo papel de destaque que o meio ambiente está assumindo em nossa atividade, não apenas pelas legislações (e fiscalização) dia a dia mais rígidas, mas também pela conscientização que consumidores e empresários estão desenvolvendo sobre a necessidade de se evitar qualquer tipo de contaminação. Também merece destaque o fato de que, pela primeira vez, a Unica, representante do setor produtor de etanol, participou da Expopostos. Uma importante sinalização do estreitamento dos laços que já teve início e deve se solidificar nos próximos anos, em meio à participação cada vez maior do etanol em nosso mix de vendas. A expectativa é de quem em 2016, 90% das vendas nos postos sejam de etanol e apenas 10% de gasolina. Uma situação que nos impõe desafios imensos, sendo o maior deles o de trazer esse mercado para a formalidade. Estima-se que 30% de todo o etanol comercializado no país hoje tenha algum tipo de irregularidade tributária, uma realidade que somente poderá ser corrigida com a união de todos os elos da cadeia, denunciando a banda podre do mercado e lutando em todas as esferas políticas por uma estrutura tributária menos confusa e com unificação de alíquotas de ICMS. Um importante passo no combate às irregularidades no mercado também foi anunciado na Expopostos, com a assinatura do convênio entre Sindicom e Governo do Estado de São Paulo para operacionalizar a Lei do Perdimento: uma distribuidora do Sindicom irá reprocessar o combustível apreendido, deixando-o novamente dentro dos padrões de conformidade definidos pela ANP e podendo assim ser utilizado nas viaturas oficiais. A assinatura do convênio e a presença do governador de São Paulo, José Serra, à abertura da Expopostos são outra grande prova do prestígio e importância do nosso setor para a economia brasileira. Por fim, durante a Expopostos, lançamos o selo que abre as comemorações do jubileu de ouro da Fecombustíveis. Nesse meio século de existência, inúmeras foram as lutas que travamos e vitórias conquistadas, como o direito do posto revendedor de não estar vinculado a nenhuma bandeira. Se hoje a revenda brasileira ainda existe como categoria independente é graças ao trabalho da Fecombustíveis e de seus incansáveis líderes, que travam batalhas diárias junto a políticos e entidades, defendendo os interesses legítimos da nossa categoria e lutando para que o revendedor possa atuar num mercado sadio e competitivo. Durante 20 desses 50 anos de existência, a Fecombustíveis esteve sob o comando de Gil Siuffo, que teve e continua tendo papel importantíssimo para a revenda brasileira e a quem tive a honra de suceder na presidência da nossa entidade. Com certeza outros 50 anos virão, em que os atuais e novos líderes trabalharão em conjunto para superar os novos desafios que teremos pela frente, entre os quais as irregularidades no etanol é só um deles. O trabalho não é, nem nunca foi fácil. Mas nenhum desafio é grande demais quando permanecemos unidos e fortes para lutar por um mercado mais justo, mais regular, em que os empresários honestos possam trabalhar dignamente, gerando empregos e impostos. Que venham então os próximos 50 anos.

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